sábado, 17 de abril de 2010

Venda de pacotes turísticos para Copa decepciona

A Fifa devolveu aos hotéis sul-africanos e empresas aéreas milhares de reservas e bilhetes que estavam bloqueados, à espera de torcedores de todo o mundo interessados em assistir à Copa. Eles não apareceram. Foi a maior prova até agora de que o Mundial da África do Sul se transformou em fracasso de vendas no exterior e também que o modelo adotado pela entidade não funcionou.

A Match, empresa que ganhou o contrato da Fifa ainda em 2007 para comercializar os ingressos da Copa, é quem fez nesta semana a devolução das reservas. A South African Airways recebeu de volta 44 mil reservas que não foram vendidas. Agora, a empresa aérea promete tentar vender as passagens a preços mais baixos. E a Match optou por ficar apenas com mil passagens bloqueadas para os próximos meses.

O mesmo fenômeno foi constatado no setor hoteleiro. A Match havia bloqueado o equivalente a 450 mil noites de hotéis nas cidades sul-africanas durante a Copa. A expectativa era de 450 mil estrangeiros desembarcariam no país a partir de junho para o Mundial. Mas esse número agora está sendo revisto para baixo e as estimativas é de que não cheguem a 300 mil.

Apenas 75% dos ingressos para a Copa foram vendidos e grande parte das entradas que estavam sendo comercializadas na Europa e outros continentes já foi devolvida para que sejam vendidas aos sul-africanos, por preços mais baixos. Cerca de 800 mil ingressos estão encalhados e o Comitê Organizador tem feito, nos últimos dias, campanha para que empresas do país os comprem - para distribui-los a seus clientes -, pois o cidadão comum tem dificuldade financeira de adquiri-los.

Sem público

A Copa também se transformou em dor de cabeça para o Zimbábue, país vizinho à África do Sul e que havia investido para também lucrar com o evento. A esperança do país era a de receber seleções para o período de treinamento, o que não ocorreu.

Em 2009, o Zimbábue chegou a enviar missões para Brasil, Inglaterra, Portugal e outros países para tentar convencê-los de usar Harare como base. Hotéis foram obrigados a registrar 30 mil quartos disponíveis. E a previsão era de os lucros chegariam a US$ 200 milhões (R$ 356 milhões). Mas, a menos de três meses da Copa, a região das cataratas de Victoria, no Zimbábue, só conta com 500 quartos reservados para junho, entre os mais de 2,8 mil criados para acomodar os turistas.

fonte:http://www.bemparana.com.br/index.php?n=139909&t=venda-de-pacotes-turisticos-para-copa-decepciona

Ismailon Moraes

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