quarta-feira, 25 de abril de 2012

Dep. quer baixar preço de TKT aéreo via incentivo fiscal

Para Gladson Cameli, os incentivos fiscais para cidades mais pobres podem reduzir as tarifas aéreas. Em audiência pública nesta terça-feira (dia 24) para discutir a aviação nos Estados da Amazônia Legal e do Nordeste, o deputado Gladson Cameli (PP-AC) criticou o elevado preço das passagens cobrado atualmente. Segundo o parlamentar, uma tarifa de voo entre Rio Branco (AC) e Brasília (DF) chega a custar R$ 4,5 mil.

Para diminuir o valor das passagens, o parlamentar defendeu incentivos fiscais para as regiões mais pobres do País. “Nós temos que nos unir, deputados federais e senadores, para aprovar leis [de incentivo fiscal] e cobrar responsabilidade das agências reguladoras”, afirmou o deputado, que propôs o debate na Comissão de Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional.

No debate, o representante do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), Victor Rafael Celestino, explicou que o elevado preço da tarifa aérea nessas regiões ocorre porque nem todos os aeroportos têm combustível, o que obriga as empresas aéreas, muitas vezes, a transportá-lo no lugar de passageiros. “Isso acaba encarecendo os voos”.

Celestino, no entanto, ressaltou que, com investimentos consistentes nos aeroportos, vai ser possível ofertar voos com mais aeronaves, o que poderá reduzir as tarifas. Segundo informou, as tarifas vêm caindo de preço ao longo da última década a uma taxa média de 7,5% ao ano.

INFRAESTRUTURA
Segundo o sindicalista, boa parte dos aeroportos de cidades menores da Amazônia e do Nordeste não recebe autorização para operar voos da aviação civil por falta de equipamentos, como caminhões de combate a incêndios.

O gerente de Engenharia da Infraestrutura Aeroportuária da Agencia Nacional da Aviação Civil (Anac), Tarik de Souza, avaliou que serão necessários muitos investimentos em manutenção para que a infraestrutura aeroportuária existente na Amazônia Legal e no Nordeste possa proporcionar o aumento da oferta de voos e a redução das tarifas.

Souza informou que a agência não autoriza novos voos para cidades das regiões devido a problemas técnicos encontrados nos aeroportos. “O pavimento de muitas pistas de pouso e decolagem está deteriorado, o terminal de passageiros não atende aos requisitos mínimos de segurança, além de a sinalização também se encontrar desgastada”, relatou. Ainda de acordo com o gerente, a principal preocupação da Anac quanto aos aeroportos seria evitar que acidentes ocorram.

O diretor do Departamento de Política de Serviços Aéreos, vinculado à Presidência da República, Ricardo Rocha, afirmou que o governo federal considera uma parceria com os estados e as companhias aéreas como uma boa alternativa para resolver o problema de falta de infraestrutura dos aeroportos no interior da Amazônia e do Nordeste. “Estamos buscando resolver o problema da infraestrutura aeroportuária regional, mas isso só será possível com investimentos conjuntos”, argumentou.

fonte: www.panrotas.com.br

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