Uma família de dois adultos e três crianças pagam R$ 16.756,87 o pacote de passagens aéreas no site da agência CVC. Já na companhia aérea é possível comprar o mesmo pacote para o mesmo voo por R$ 12.632,55. Uma diferença de R$ 4.124, 32.
Para fazer o percurso de Porto Alegre (RS) a Macapá (AP), a agência Decolar.com vende a passagem por R$ 2.638, incluindo a taxa de serviço de R$ 238. Já no site da companhia aérea, o mesmo com voo custa R$ 2.459,47: uma diferença de R$ 179. Apesar de voo ser ligeiramente mais caro quando comprado diretamente pela companhia aérea, o consumidor economiza na tarifa da agência de viagem.
Esta taxa de serviço da agência não é reembolsada e para quem compra uma passagem com origem de saída no exterior tem um acréscimo de R$ 120 (US$ 60) convertidos no ato da compra. Procuradas, as empresas não informaram, até o fechamento desta reportagem, qual o porcentual da taxa cobrado sobre o preço final do pacote.
Para quem acha que estas taxas só ocorrem para voos de longa distancia, a viagem entre São Paulo e Rio pela agência ViajaNet custa R$ 115,99 com a taxa de R$ 30. Enquanto na empresa área sai por R$ 90,13.
A ViajaNet também tem uma comissão de R$ 150 em bilhetes de passagem aérea com origem em cidade localizada no exterior. De acordo com os termos de contrato da empresa, a agência de viagem recebe estas taxas por conta do seu serviço de intermediadora entre o cliente e o fornecedor da passagem aérea. A tarifa pode chegar até R$ 80 em voos internacionais.
Conduta abusiva
Para a consultora da Fundação Procon-São Paulo Fatima Lemos, embora esteja de acordo com a Lei, as agências de viagem agem com os consumidores de “forma incorreta, até abusiva, por não esclarecer o que é exatamente esta taxa”.
— Estes sites não especificam o que é exatamente a taxa e se ela é uma taxa de prestação de serviço não é correto que ela mude de acordo com o preço da passagem que o consumidor está adquirindo.
Além disso, Fátima conta que o Procon sempre recebe queixas referentes a estes sites por conta dos problemas que os consumidores enfrentam por falta de informações oferecidas.
— Tenho observado muitas reclamações sobre as taxas cobradas por estes sites, principalmente na hora de cancelar o serviço. Há taxas que chegam a ser o preço da passagem.
Para o Procon, o mais correto é que as informações estejam claras para o consumidor antes mesmo de concluir a sua compra.
— As informações devem estar explicadas para que o consumidor possa saber se vale a pena aquela compra e entenda quais serão os serviços prestados e quais taxas serão pagas e por quê.
Uma dica da consultora da instituição é que os consumidores pesquisem os preços em mais de um site para fazer a comparação do de preço e serviço mais confiável e melhor para o seu bolso.
* Colaborou Brunna Mariel, estagiária do R7
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Fonte: Fundação Procon de SP, Submarino ViagenViagens, ViajaNet e Decolar.com fonte: www.r7.com |
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