
A cada estação que passa, as tonalidades de cores montam novas versões de paisagens fantásticas. O contraste ou a harmonia dos tons – que vão desde o branco glacial dos picos andinos a variações terrosas das plantações, passando pelo céu, que pode combinar o azul intenso e límpido com escalas de cinza das nuvens, e pelas vinhas, que, dependendo da época do ano e das castas, assumem tonalidades que vão do verde ao avermelhado, coradas pelo sol que banha as encostas – impressionam.
É nesse pedaço de paraíso vitivínicola que está Dominio del Plata. Perfeitamente integrada a essa paisagem fascinante, a bodega de Susana Balbo, com estilo contemporâneo, chama a atenção exatamente pela discrição com que se incorpora ao panorama mendocino.
O projeto Dominio del Plata começou em 1999, mas foi somente em meados de 2001 que o edifício da bodega, localizado no centro do distrito de Agrelo, em Luján de Cuyo, foi finalizado. O desenho do prédio foi feito pela proprietária da bodega, Susana Balbo, que além de “desenhar” seus vinhos, estruturou o que precisava para poder produzi-los.

Tudo sob controle
Na verdade, não somente o edifício, mas todo o desenho da vinícola, o projeto dos vinhedos, as plantações, as variedades, o sistema de irrigação, enfim, todos os manejos necessários desde a colheita foram pensados por Susana de modo a garantir uma supervisão pessoal da qualidade dos processos. Por isso, a bodega tem um design único e simples.

Dentro e fora tudo foi organizado para facilitar os processos de vinificação – visando o que eles chamam de viticultura de precisão. Internamente, o local possui isolamento térmico que mantém a temperatura abaixo de 15oC durante o ano todo. A imponência dos tanques de aço inoxidável também compõem o ambiente, contrastando com os semitons
Um só
A simplicidade nas formas é, sem dúvida, uma das grandes marcas do Dominio del Plata. Os detalhes são míninos na estrutura, com pequenos suportes externos anexos para enfeitar. O verde também não se resume às vinhas, mas um conjunto de vegetação e árvores fica diante das fachadas. No mais, impera a funcionalidade, os traços regulares, a sobriedade.

Explorar esta região é certamente um grande atrativo para enófilos e a bodega recebe visitantes durante a semana para tours e degustações. Ali, indubitavelmente não haverá programa melhor do que provar vinhos deliciosos vendo o pôr-do-sol ao pé dos Andes, admirando as cores nas taças e na paisagem encantadora de Mendoza.
fonte:http://revistaadega.uol.com.br/Edicoes/51/artigo162046-1.asp
Ismailon Moraes
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