
De acordo com a administração da Gol, um movimento objetivo de adequação na base de custos ampliará a competitividade da operação – a empresa já possui altos níveis de liquidez, com risco mínimo de refinanciamento nos próximos três anos. Entre as medidas previstas no plano estão a implementação de uma nova grade de serviços, que inclui a ampliação da venda a bordo, gestão mais eficiente do quadro de tripulantes técnicos e comerciais, redução significativa das despesas referentes à devolução de aeronaves Boeing 767 e com manutenção, além de economias adicionais com combustível, resultantes de investimentos em tecnologia nas aeronaves.
“A Gol estima uma redução de cerca de R$ 650 milhões nas despesas, cerca de R$ 1,10 centavos no CASK ex-combustível e de R$ 1,25 centavos no CASK total da companhia para o ano de 2012”, destaca Constantino de Oliveira Junior, presidente da Gol. “As iniciativas estão alinhadas com o compromisso da empresa de manter seus custos adequados ao modelo de negócio, à segurança e à qualidade”.
Por outro lado, a Gol reforçou sua posição de caixa, que atingiu R$ 2,067 bilhões e representou cerca de 29% de sua receita líquida dos últimos 12 meses. Esse valor representa aumentos de 30,1% e 11,9% em comparação ao 2T10 e 1T11, respectivamente. O caixa total representa 6,0 vezes as obrigações financeiras dos próximos 12 meses (2,7 vezes no 2T10 e 5,9 vezes no 1T11).
A receita líquida ficou em R$ 1,566 bilhão no 2T11, queda de 1,5% diante do R$ 1,590 bilhão registrado no 2T10 e de 17,4% em relação ao R$ 1,895 bilhão do 1T11. Na comparação ano-a-ano, a queda reflete o acirramento da competição no mercado doméstico brasileiro, que, em função da expansão agressiva de 14,4% da oferta da indústria, resultou na queda de 13,8% do yield. Como resultado desse estímulo a tarifas competitivas, a demanda doméstica da indústria cresceu 26,5% e a taxa de ocupação aumentou em 6,2 pontos percentuais. A menor receita líquida de passageiros do período foi parcialmente compensada pelo crescimento de 4,2% das receitas auxiliares.
O Ebit (prejuízo operacional) no segundo trimestre totalizou R$ 270,8 milhões, com margem negativa de 17,3%, em comparação ao lucro operacional de R$ 57,3 milhões (margem de 3,6%) do 2T10 e R$ 193,1 milhões (margem de 10,2%) no 1T11. Esse desempenho reflete, além da queda de 2,3% na receita de passageiros, a pressão nos custos operacionais – parcialmente compensada por um ganho em eficiência operacional representado pela maior utilização das aeronaves (13,0 horas-bloco no 2T11 versus 12,7 horas-bloco no mesmo trimestre do ano anterior).
O Ebitdar no 2T11 ficou negativo em R$ 67,6 milhões (margem negativa de 4,3%), em comparação aos R$ 274,2 milhões (margem Ebitdar de 17,2%) no 2T10 e aos R$ 411,5 (margem Ebitdar de 21,7%) no 1T11. A queda do Ebitdar nas comparações anual e trimestral ocorreu em função do já mencionado resultado operacional negativo no 2T11.
Os yields apresentaram queda de 13,8% na comparação com o 2T10 e de 8,2% em relação ao trimestre passado, principalmente devido ao acirramento da competição do mercado interno, com forte adição de oferta pela indústria.
fonte: jornaldeturismo.com.br
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