terça-feira, 24 de novembro de 2009

Misto de esportistas e visitantes, 'maraturistas' conhecem cidades de outro ponto de vista

Corridas têm atraído cada vez mais adeptos e uma nova classe de turistas vai se consolidando: os chamados "maraturistas", aqueles que procuram maratonas mundo afora para correr. E depois, claro, passear. E não pense que eles ficam cansados depois dos 42 km - sempre sobra fôlego para bater perna. Seguindo essa tendência, algumas agências já se especializaram em vender pacotes completos, com inscrição da prova, hospedagem, aéreo e passeios.

O jornalista Rodolfo Lucena, 52, autor de "Maratonando, desafios e descobertas nos cinco continentes" correu cerca de 25 provas no exterior e indica outras vantagens. "Na corrida você descobre lugares que talvez sequer notasse em um passeio comum. Além disso, cria uma relação mais profunda e visceral com a terra onde corre. Sempre descubro um jeito de participar de uma corrida quando vou ao exterior a trabalho e divido minhas férias para permitir que eu faça o maior número possível de corridas", diz.

Paris, na França, é o cenário perfeito para a meia maratona, que acontece no mês de março, e a corrida tradicional, que toma as ruas em abril

Para as pessoas que riscam os países no mapa de acordo com as corridas que eles oferecem, é fácil montar a lista de "viagens dos sonhos", pois cada vez mais há provas para todos os gostos e distâncias em quase todas as capitais do mundo. Na maioria o percurso coincide com os cartões-postais da cidade, tornando a corrida uma opção turística imperdível, mesmo que seja apenas para torcer.

Para os mais tradicionais, há um vasto leque como França, Itália, Inglaterra e Estados Unidos. Em Paris, por exemplo, largada e chegada no Arco do Triunfo e passagens por Notre Dame, Torre Eiffel e museu do Louvre fazem com que ela seja reconhecidamente como uma das mais charmosas maratonas.

Quem busca algo mais exótico e desafiador pode tentar a Maratona da Muralha da China com seus 5.164 degraus que exigem um bom fôlego ou a Maratona do Sol da Meia Noite, em Tromso, em pleno verão norueguês, quando o sol não se põe. Há ainda as corridas inóspitas de Victoria Falls, no Zimbábue, e a do Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, onde depois da prova o roteiro turístico inclui uma passada na paradisíaca Zanzibar para relaxar.

Aqueles que procuram mais diversão podem escolher a Maratona da Disney, com todos os personagens acompanhando e colorindo o caminho, que passa pelos parques Epcot, Magic Kingdom e Animal Kingdom, ou a Rock´n´Roll Series (várias cidades americanas), em que o ritmo vibrante é ditado pelas bandas no caminho e pelos inúmeros Elvis maratonistas. Ainda pensando em conciliar música e passadas, dá para tentar a Maratona do Reggae, na Jamaica.

Se seu interesse é o turismo histórico, prepare-se, pois as opções não são menos interessantes. Dá para gastar a sola do tênis no Egito, em Marrakesh, na Ilha de Páscoa ou em Istambul, na qual se atravessa a ponte entre a Europa e a Ásia, o novo e velho mundo, e o contraste é belíssimo.

Mas se tudo que você quiser depois de tanto esforço for mesmo curtir uma praia, aproveite as corridas de Honolulu, no Havai e Moorea, no Tahiti.

Caso deseje ver a matéria completa acesse:
http://viagem.uol.com.br/ultnot/2009/11/23/ult4466u765.jhtm

Ismailon Moraes

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