O tema interessa não apenas ao governo e ao empresariado, mas principalmente aos turistas. O MTur está promovendo em Salvador, no Gran Hotel Stella Maris – Resort & Conventions, desde a última segunda-feira, um seminário para discutir a classificação de meios de hospedagem. Setenta representantes de sindicatos, da Secretaria de Turismo, associações, empresas, Inmetro e do governo federal estão reunidos para construir uma nova matriz com requisitos para enquadrar os resorts em categoria três, quatro ou cinco estrelas.
Este é o segundo encontro promovido pelo ministério. O primeiro tratou da classificação de hotéis urbanos, mês passado, em Porto Alegre (RS). O documento final do encontro pode ser conferido no site do Ministério do Turismo e está aberto para sugestões (consulta pública) até 8 de abril.
Como determina a lei, a classificação não é obrigatória. Cada estabelecimento tem o direito de escolher se vai aderir a ela ou não. Operadores internacionais de turismo, no entanto, já estão consultando o governo federal sobre seu sistema de classificação, por causa dos grandes eventos esportivos que serão realizados no Brasil. A classificação também é uma exigência do Comitê Olímpico Internacional.
Em sua explanação, durante o encontro, o diretor de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico do MTur, Ricardo Moesch, lembrou que, recentemente, um banco usou a classificação do Guia Quatro Rodas para embasar a preparação de um edital de licitação. “Este é só um exemplo. Temos muitos outros motivos que justificam a importância das discussões sobre a nova classificação hoteleira que temos levado a todo o país.”
O novo sistema de classificação seguirá os seguintes princípios:
1) Legalidade - hotéis terão de estar cadastrados no Cadastur, por exemplo;
2) Consistência - ações para o desenvolvimento da competitividade do turismo nacional;
3) Transparência - garantir informação precisa e transparente sobre a classificação para o usuário;
4) Simplicidade - ser acessível a todos que pretendem se inserir no processo;
5) Agregação de valor - ser instrumento de competitividade e vantagem competitiva aos meios de hospedagem;
6) Imparcialidade - avaliação fundamentada em avaliações independentes;
7) Melhoria contínua - requisitos devem ser ajustados às exigências do mercado); e
8) Flexibilidade - processo inclusivo, que deve levar em conta a diversidade dos meios.
Na apresentação realizada por Guilherme Witti, da consultoria Sextante, que apóia o ministério neste trabalho, o conceito de classificação adotado é “o de enquadramento em uma tipologia previamente estabelecida. O foco é frequente nos aspectos físicos e em recursos ou serviços mínimos oferecidos”. “A matriz deve ser um instrumento de comunicação no mercado.”
Serão desenvolvidas novas matrizes para os segmentos: hotel urbano; hotel-fazenda; hotel histórico; hotel de selva; resort; pousada; cama e café; e flat. Os empresários que quiserem classificar seus empreendimentos deverão preencher uma declaração de fornecedor. Antes de o documento ser registrado no Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade, haverá uma auditoria no meio de hospedagem.
Serão estabelecidos requisitos mandatórios, que são os mínimos para definir em que tipo de meio de hospedagem aquele hotel vai se inserir. Por exemplo, um resort tem que ter requisitos mandatórios como piscina e quadras poliesportivas. A diversidade, o número de piscinas e quadras é o que definirá quantas estrelas o resort terá.
fonte:http://www.jornaldeturismo.com.br/noticias/hotelaria/32037-classificacao-de-resorts-e-discutida-na-bahia.html
Ismailon Moraes
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