José Roberto Lima, economista e presidente da Emsetur (Empresa Sergipana de Turismo), de Sergipe, foi um dos palestrantes no primeiro dia do 4º Encontro Prodetur (Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste) Nacional, que acontece em São Paulo desde esta quinta-feira. Ele abordou as estratégias para o desenvolvimento turístico regional no Brasil.
“Temos um mercado doméstico crescente. Em 2001, eram 13,6 milhões de lares com possibilidades de realizar uma viagem. Ano passado, o número já era de 18,3 milhões. No entanto, ainda temos mercados concentrados. Viajantes do Nordeste, por exemplo: 94% deles tem como destino a própria região. Temos espaço e condições para mudar este cenário”, avaliou.
Lima apresentou também as principais dificuldades nas fases iniciais do Prodetur, antes de se tornar nacional. “Salvo em alguns Estados, como Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, a região assumiu o programa como política de turismo, e não uma ação de suporte. Projetos tiveram problemas com isso, e é algo que devemos observar para que nossos resultados sejam os melhores possíveis agora”.
O economista aponta que é a valorização do debate sobre a cadeia produtiva do turismo é o que vai impulsionar o desenvolvimento do setor, especialmente no Nordeste. “Temos que criar condições, por exemplo, para que um hotel de Sergipe aproveite a indústria de alimentos e de sabonetes do próprio Estado. Com o fortalecimento desta cadeia, e com a demanda crescente de nosso mercado consumidor, o impacto do turismo nas atividades econômicas locais fica mais viável”.
Pipa
Carlos Alberto, um dos coordenadores do Prodetur e subsecretário de Turismo do Rio Grande do Norte (RN), apresentou um caso de sucesso no Estado da ligação entre desenvolvimento da atividade turística e crescimento socioeconomico: Pipa. Um dos principais destinos para os 2,3 milhões de visitantes que foram ao Rio Grande do Norte em 2009, Timbau do Sul (município onde fica a praia de Pipa) firmou parcerias com o MTur (Ministério do Turismo) para apostar em projetos de qualificação empresarial e profissional, com foco no empreendedorismo.“O resultado é que temos uma centena de atividades turísticas, desde artesãos em feiras até bares, restaurantes e pousadas. Não há um grande resort ou hotel suntuoso e o lucro gerado pelo turismo fica na cidade. Este é o grande desafio para nossos Estados e municípios: discutir como fomentar o próprio empreendedorismo e fazê-lo ser ferramenta para a diversificação dos produtos turísticos”, avaliou.
fonte:http://www.jornaldeturismo.com.br/noticias/nordeste/33199-prodeturnacionalideiasecasosdesucesso.html
Ismailon Moraes
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