Sondagem de expectativa de consumo, demanda turística internacional, indicadores de ocupação hoteleira e o perfil dos hospedes nos meios de hospedagem. Essas foram algumas das pesquisas que pautaram a palestra Políticas Públicas e Indicadores do Turismo no Brasil, realizada pelo Núcleo de Conhecimento do Salão do Turismo, nesta quinta-feira, 27, em São Paulo.
O debate foi mediado por Márcio Favilla, diretor executivo da OMT (Organização Mundial do Turismo). O mediador ressaltou a importância de se fazer este tipo de análise, mencionando que as pesquisas para o trade turístico foram adequadas a partir do modelo do setor industrial — desenvolvido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
A compilação de dados e a disseminação dessas informações pode respaldar o setor no que tange a questões de investimentos e melhorias. “Não basta apenas que o empresário desenvolva suas atividades, ele precisa nos mostrar como isto vem sendo feito para que o poder público possa amarrar esses interesses”, avaliou José Francisco Salles, diretor de Estudos e Pesquisas do MTur (Ministério do Turismo). Toda a mensuração dos números é feita em parceria com a FGV.
Um dos exemplos elucidados por Salles foi o da pesquisa de Demanda Turística Internacional. Segundo o palestrante, o estudo é realizado em 27 “portões” do País. Aeroportos e rodoviárias servem de pontos para o recolhimento de informações do turista estrangeiro. “Consegue-se dados complexos sobre este turista. Avaliamos como ele percebeu o País e, principalmente, como ele vê nossa infraestrutura”, explicou Salles. Ele destacou ainda que no primeiro quadrimestre deste ano, cerca de 2,6 milhões de turistas estrangeiros visitaram o Brasil, o que representa 3% a mais do que o mesmo período do ano anterior.
IPEA - Durante o seminário, Roberto Zamboni, coordenador de Pesquisas de Turismo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), apresentou um estudo, iniciado em 2003, que avalia os tipos de trabalhadores envolvidos com o setor. A base de dados do estudo foi produzida com o cruzamento de números da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
TRABALHADORES DO SETOR - Com o estudo mensurou-se, por exemplo, a quantidade de trabalhadores formais e informais envolvidos com o trade tupiniquim. “Nos números de dezembro de 2008 identificamos 2 milhões de pessoas ocupadas com o setor. Infelizmente, a maior parte deste número ainda é de trabalhadores informais, uma média de 1.158 milhões de pessoas”, comentou Zamboni.
Outro ponto levantado foi o número de ocupações em cada setor. O transporte lidera com 40% dos empregos. “Pela importância do transporte, pretendemos, num estudo que será divulgado em 2011, desagregar as várias vertentes desta área, verificando parcialmente o quanto emprega o transporte terrestre, aéreo e marítimo”, finalizou o representante do Ipea.
fonte:http://www.jornaldeturismo.com.br/noticias/governo/33263-ipeasalaoturismo.html
Ismailon Moraes
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