quinta-feira, 24 de junho de 2010

Key West: cadê os antiquários?

Como “caçadora” de antiguidades que sou, rumei feliz da vida no mês passado em direção de Key West, na Flórida (EUA), animadíssima com a quantidade de antiquários que iria encontrar por lá, segundo o site Clyde’s Key West. Ledo engano. Total decepção. Dos 16 estabelecimentos mencionados, apenas quatro ainda funcionavam, já que os demais haviam se transformado em restaurantes, lojas de molduras, hotéis ou em imóveis abandonados. Entre esses últimos moicanos, apenas um reunia qualidade e preço. Os outros, nem qualidade, nem preço.

A grande lição dessa malfadada viagem é uma só: não devemos confiar cegamente nas informações que encontramos na internet. Antes de empreender alguma aventura, meu amigo, não faça como eu. Cheque tudo, pois já não se fazem mais sites como antigamente. Além disso, constatei com desânimo uma triste realidade: nos Estados Unidos o mercado de antiguidades e colecionismo infelizmente também vivenciam um momento de crise, assim como o resto do mundo. Caso contrário, esses endereços ainda estariam em franca atividade.

Mas, como o objetivo era unir trabalho e prazer, acabei me divertindo um bocado. Se você pretende conhecer o ponto mais ao Sudeste do país – o mais próximo de Cuba, a apenas 90 milhas –, vale a visita. Cidade cheia de jovens, música ao vivo, bebidas rolando livremente pelas ruas e a influência do escritor Ernest Hemingway em todas as esquinas, é um destino alto astral e com gastronomia especial. Aliás, “90 Miles to Cuba” é o nome do primeiro antiquário que encontrei. Caríssimo! Mesclava objetos náuticos com jóias vintage mexicanas, além de uma banca com milhares de cartões-postais.

O “Duck and Dolphin Antiques”, por sua vez, reunia móveis de primeira linha, objetos verdadeiramente antigos, arte oriental, lustres e prataria de qualidade. Nesse, eu me empolguei. Assim como no “Sam’s Treasure Chest”, a um quarteirão do anterior, pela simpatia do proprietário, um senhor nos seus 70 anos que, quando soube da minha origem, desandou a falar do Brasil. Ele também visitou o nosso País de Norte a Sul com sua mulher, há uns 30 anos. No espaço de Sam, encontrei um curioso bricabraque e memorabilia cubana, além de vidros de coleção.

Na avenida principal de Key West, a movimentada Duval Street, galerias de arte intercalam-se a boates com shows de drag queens, restaurantes, livrarias e lojas de souvenir. Entre as mais respeitadas está a Galerie Rue Royale, há 96 anos comandada por uma única família e que representa bons nomes na arte contemporânea norte-americana. Mas isso é assunto para um próximo post.

fonte:http://blogdaretro.uol.com.br/?p=3808

Ismailon Moraes

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