A Sita, empresa de comunicação e soluções de TI para a indústria de transporte aéreo, realizou hoje, no Rio de Janeiro, o workshop "Tendências e Tecnologias para a Indústria Aérea". No evento, foi apresentado um panorama do setor e os desafios que o Brasil, especificamente, deve enfrentar a partir de agora. "A preocupação tem que ser com o presente e não só com o futuro. É preciso aumentar a capacidade de nossos aeroportos. A Sita pode contribuir para melhorar a atual situação sem perder o seu foco, que é a comunicação e TI. Temos tecnologia para fazer mudanças importantes, mas é preciso vontade tanto dos usuários quanto da administração dos aeroportos brasileiros", afirmou o diretor de Vendas para o Brasil, Daniel Coslovsky.
Ele explicou que a criação de um "clube" focado na área de TI seria de extrema importância para evolução do setor aéreo no país. "O ideal é que seja criado um pool de companhias aéreas. Elas precisam se reunir e pedir a Sita para montar a infraestrutura. Não faz sentido que a Gol e a Tam, que detém 90% do mercado brasileiro, mantenham soluções de TI separadas. É preciso agir com apenas uma plataforma de atuação. Vivemos um bom momento para essa mudança, para esse compartilhamento", explica. Ainda de acordo com ele, o modelo de administração dos aeroportos adotado pela Infraero está engessado. "É preciso mudar essa concessão. Não sei se para uma administração privada, mas é necessário mexer nesse modelo atual", defende. Segundo ele, Europa, Estados Unidos e Ásia estão mais avançados no quesito de tecnologia aeroportuária.
Daniel lembrou que hoje os aeroportos brasileiros vivem em constante congestionamento, situação bem diferente da vivida no passado. "Há oito anos o país possuía mais aeronaves do que nos dias atuais, mas ainda sim não havia esse problema. Hoje existem mais dificuldades, mais passageiros, muitos players e, alguns, não estão acostumados com esse setor. A cultura aérea se perdeu. Contudo, acredito que estamos caminhando e podemos colocar as coisas em ordem. Tecnologia para isso nós temos". Norbert Steiger, vice-presidente Comercial para América Latina e Caribe, tentou mostrar como as soluções tecnológicas podem causar impacto positivo em eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. A Sita implementou ações nas Olimpíadas de Pequim e, mas recentemente, na Copa de 2010, na África do Sul.
"Sem esses grandes eventos a capacidade dos aeroportos do Brasil já está saturada e, num curto espaço de tempo, a demanda vai ser maior ainda. O Brasil pode melhorar até esses eventos. A economia do país está em desenvolvimento. Mas essas mudanças não acontecem da noite para dia. É preciso garantir que os visitantes não só cheguem aqui, mas queiram voltar. E para isso é preciso trabalhar também em cooperação com as companhias aéreas. É necessário começar já", disse Steiger. A gerente de Marketing para América Latina e Caribe, Cristiane Dart, apresentou o resultado de algumas pesquisas realizadas pela empresa. A receita anual da Sita é de US$ 1,4 bilhão e os novos negócios crescem 36% ao ano. Atualmente são 550 companhias (aeroportos, GDS, governo, agências de fronteira, carga, setor aeroespacial e organizações internacionais) somando 3.200 clientes.
fonte:http://www.mercadoeeventos.com.br/script/FdgDestaqueTemplate.asp?pStrResolucao=1280&pStrLink=3,26,0,61552&IndSeguro=0
Ismailon Moraes
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