Em debate realizado, durante o 52º Conotel, representantes das redes hoteleiras Bourbon, Accor, Four Seasons, Oriente Express e da Resorts Brasil apostam em grandes investimentos para o setor na próxima década.
"Os próximos dez anos serão de muitas oportunidades", falou Alceu Vezozzo Filho, da rede Bourbon. "Estamos calcados numa visão de rentabilidade e pretendemos estar presentes nos principais pólos do Brasil", disse o executivo. Vezozzo lembrou que a rede tem como novidade o lançamento da marca Rio Hotel by Bourbon, que representará uma nova linha da rede, que conta com cerca de 2.800 quartos e 1.500 colaboradores.
Já, a Oriente Express anuncia para o próximo mês o término da reforma do tradicional Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu, que esteve fechados nos últimos três anos, desde que foi incorporado à rede. Administradores de linhas férreas turísticas pelo mundo, o grupo descarta a possibilidade de fazer o mesmo no Brasil. "No Brasil, estamos felizes apenas em ser hoteleiros e assim deverá ficar", disse Philip Carruthers, gerente geral do Copacabana Palace.
Maior rede do País com cerca de sete mil colaboradores e mais de quatro mil hotéis no mundo, a francesa Accor inaugurou esta semana o Novotel Rio de Janeiro e tem no Brasil um de seus maiores focos de investimento. "O setor está numa fase muito boa, em um país com muitas expectativas", disse Roland de Bonadona. "Queremos expandir mais rapidamente nossos produtos, focando mais nas cidades menores com nossos produtos mais econômicos. Com as marcas Ibis e Mercure queremos ampliar a linha de desenvolvimento de franquias e estudamos uma linha de crescimento maior do Formule 1", explicou.
A canadense Four Seasons busca parceiros locais, que estejam dispostos a investir no segmento. "Temos essa estratégia para o Brasil. Buscar parceiros que queiram estar no negócio hoteleiro e de luxo, que é o segmento que a gente trabalha", falou Alínio Azevedo.
Já, a Resorts Brasil conta hoje com 46 associados, sendo que cinco resorts estão em fase de implementação no País. Nos últimos dez anos, o número de quartos passou de quatro mil para mais de 20 mil. Apesar disso, Rubens Régis, presidente da entidade, acredita que houve uma freada nos projetos nos últimos anos, em virtude da diferença cambial, que fortalece o real frente ao dólar. "Apostamos no setor de eventos. O nosso problema está no mercado externo. Ficou muito competitivo para os brasileiros viajar para fora, enquanto os estrangeiros não vêm", analisou.
fonte:http://www.jornaldeturismo.com.br/noticias/hotelaria/34849-redes-investimentos.html
Ismailon Moraes
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