Há um motivo para que Buenos Aires seja um dos destinos preferidos do público gay. Aqueles que pensam que vão encontrar um povo machista se enganam, pois são muito bem tratados. Por outro lado - e tão importante quanto -, ninguém ali é festejado como se fosse uma atração circense, como acontece com muitos que tentam fingir naturalidade, mas acabam por colocar a si próprios e ao visitante em situações constrangedoras.
Nas ruas, além de se ter a impressão de que os homens bonitos brotam do chão às dúzias, o turista verá que o portenho é gentil. Não é raro encontrar alguém disposto a ensinar caminhos dos pontos turísticos e dar dicas de programação cultural. Mas não se empolgue: como em qualquer lugar do mundo, nem todos recebem bem uma cantada de alguém do mesmo sexo.
Sob uma visão menos romântica, não é difícil entender tão boa recepção. A força do Real em relação ao Peso faz com que o turista brasileiro seja bastante importante para a economia do país. E os argentinos sabem disso.
Hospedagens
A capital argentina oferece todos os tipos de hotéis: dos bem baratos e pouco confortáveis aos luxuosos, passando por uma série de acomodações com instalações e preços razoáveis, como o Ibis (www.ibishotel.com), por exemplo.
Quem puder investir mais em hospedagem, não vai se arrepender de ficar no Axel Hotel (www.axelhotels.com), um cinco estrelas friendly. Mesmo que se opte por outro lugar, vale a pena ir ao bar do hotel durante a noite, pois o local é bom para paquerar e beber drinques bem feitos. Os demais, apesar de não serem especializados no público gay, costumam ter funcionários antenados no que está acontecendo na cidade.
Muito comuns são os apartamentos alugados para grupos via internet (www.4rentargentina.com). Há opções a preços mais baixos em relação aos hotéis e bem confortáveis. Outra vantagem deste tipo de acomodação é que, como os apartamentos possuem cozinha e estão mobiliados, dá para cozinhar e lavar a própria roupa, se a ideia é economizar. Para alugar, é preciso depositar um sinal para reservar o apartamento e, ao chegar a Buenos Aires, pagar o restante à imobiliária.
Porém, a escolha exige muita atenção: os proprietários, muitas vezes, colocam fotos maquiadas ou informam que o apartamento está localizado em um bairro melhor do que na realidade está. A melhor alternativa para usar esse serviço é contar com a boa e velha indicação dos amigos, que já usaram e conhecem algum apartamento bom.
Caso você não goste da acomodação ao chegar ao apartamento ou localização, a imobiliária não se responsabiliza. No máximo, o corretor coloca o turista em contato com o proprietário, que decide se devolve ou não o que foi pago. Mas nem sempre é possível conseguir algum ressarcimento, pois o dono do imóvel pode alegar que perdeu a chance de locar para outra pessoa.
Noite
A noite em Buenos Aires é mais animada nos finais de semana. Em dias úteis, não é fácil arrumar algum lugar badalado para conhecer. Uma peregrinação de táxi – que custa pouco – à procura de um bar lotado pode valer a pena. Mas a diversão não invade a madrugada nesses dias.
Se você chegar a meia-noite em uma casa noturna, não se espante se não houver fila e a pista estiver às moscas. Os argentinos têm o hábito de se reunirem nas casas dos amigos ou em bares antes de encarar um clube no sábado. Como turista, a opção é procurar um pub. As baladas só vão encher por volta das 2h.
Também é um pouco difícil descobrir com uma simples busca no Google o que há na cidade, mas uma empresa de turismo gay, a Buegay, dá dicas através de um serviço de concierge por telefone (54 911 4184-8290 ou 15 4184-8290), que funciona 24 horas, e mantém um site (www.buegay.com.ar).
As casas noturnas raramente têm sites e, quando têm, não oferecem muita informação. Para saber o que está acontecendo de quente, uma boa ideia também é procurar por um guia de turismo gay, distribuído gratuitamente e encontrado no aeroporto, bancas de jornal e recepções de hotéis.
Ainda falando das casas noturnas, não vá contando com máquinas de cartões de crédito tão comuns como nos estabelecimentos brasileiros. As menores não têm essa tecnologia, mas, muitas vezes, aceitam outras moedas além do Peso, como o Dólar e o Real.
Bares e boates em Buenos Aires
Axel Hotel - O hotel abriga um bar que pode ser frequentado também por quem não está hospedado. Aos domingos, o bar lota à tarde, com uma festa bem agitada, tipo chillout.. Rua Venezuela, 649, tel: (54) 11 4136-9393
www.axelhotels.com/buenosaires/index.php?lang=en
Chueca Downtown - Bar e restaurante direcionado ao público gay. Abre a partir das 23h. Rua Alsina, 975, tel: (54) 11 4331-1702
Amerika - A maior e mais conhecida casa noturna gay de Buenos Aires infelizmente não é das melhores. Costuma funcionar com o sistema open bar, com bebidas misturadas a refrigerantes e drinks difíceis de identificar. Rua Gascon, 1040, tel: (54) 11 4865-4416www.ameri-k.com.ar
Le Bar - Bar e restaurante com programação musical. Ambientes bem decorados e cardápio inspirado na culinária francesa. Rua Tucumán, 422, tel: (54) 11 5219-0858 lebarbuenosaires.blogspot.com
Flux Bar - Bar gay com sofás e mesinhas que recebe pessoas atrás de um happy hour durante a semana. Aos sábados, também abre no início da noite e adentra a madrugada. Rua Marcelo T. de Alvear, 980. tel: (54) 11 5252-0258fluxbarbuenosaires.blogspot.com
Glam - Discoteca pequena, porém bem badalada. Boas bebidas, homens bonitos e preços um pouco mais altos que as demais. Rua José Antonio Cabrera, 3046, tel: (54) 11 4963-2521 www.glambsas.com.ar
The Sub - Discoteca divertida, mas não tão badalada. Funciona apenas aos sábados e é uma opção "lado B". Para quem fica apenas um sábado na cidade, não vale a pena. Avenida Córdoba, 543www.thesub.com.ar
Angels - Clube com duas pistas predominantemente masculinas, com clima quente. Tem shows de drag queens e gogo boys. Rua Viamonte, 2168www.discoangels.com.ar
Pacha Buenos Aires - Assim como São Paulo, Buenos Aires tem uma discoteca Pacha, também bem estruturada. Não é uma casa gay, mas é bastante frequentada pelo público. Avenida Rafael Obligado, 6151, tel: (54) 11 4788-4280
www.pachabuenosaires.com
Palacio Alsina - A tradicional boate da cidade é instalada em um prédio do século 19. A discoteca tem capacidade para 1800 pessoas e é frequentada por homens e mulheres gays, mas a maioria é formada pelos rapazes. Rua Alsina, 940
www.palacioalsina.com
Bahrein - Uma mistura de discoteca e bar. Tem duas pistas de dança e outros dois ambientes mais tranquilos. Boa bebida, e a casa cobra caro por ela. Rua Lavalle, 345, tel: (54)11 15 6738 7387
www.bahreinba.com
fonte:http://viagem.uol.com.br/ultnot/2010/11/30/buenos-aires-tem-diversao-garantida-para-publico-gay.jhtm
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