segunda-feira, 11 de julho de 2011

Após aquisição da Webjet, Gol promete segurar preço da passagem e não demitir

O presidente do Conselho de Administração da Gol, Constantino de Oliveira Junior, disse nesta segunda-feira (11) que a compra da Webjet por R$ 311 milhões não muda a estratégia da empresa de popularizar o transporte aéreo no Brasil e na América do Sul. Assim, as tarifas de baixo custo da companhia serão mantidas e o quadro de funcionários poderá até ser ampliado.

A compra da Webjet, cuja marca deverá desaparecer após a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Desenvolvimento Econômico), não vai mudar a política de preços baixos praticados pela Gol, explica Constantino.

- A Gol vem mantendo a estratégia de tarifa baixa e, na medida do possível, estamos mantendo os preços baixos. Às vezes, dá para comprar passagem aérea mais barata que as de ônibus. Vamos manter essa estratégia com a compra da Webjet, que vem desde 2001, quando compramos a empresa [Gol], de estimular a demanda, claro que respeitando os custos de insumos da indústria.

Além do preço para o consumidor, outro temor comum quando ocorre uma associação de empresas ou uma aquisição é o corte de funcionários. De acordo com Constantino, a Webjet tem o mesmo foco da Gol, de oferecer tarifas de baixo custo e, por isso, já tinha poucos colaboradores, o que afasta o risco de demissões.

- A estratégia da Webjet pressupõe uma estrutura enxuta no quadro de pessoal e tem um nível de terceirização mais alto que o da gol. Por ter esse quadro ser tão enxuto, não acredito que tenhamos um processo de demissão. Pelo contrário, à medida que renovar a frota com o padrão da Gol e tornar essa frota mais produtiva, isso vai nos permitir continuar o processo de contratação que temos hoje.

O comandante da empresa não descartou, entretanto, que alguns voos da Webjet sejam remanejados e cancelados, já que a Gol já tem decolagens para os mesmos destinos em horários parecidos.

Além da ampliação do número de frequências entre as principais cidades brasileiras, Constantino apontou outras vantagens para o cliente das empresas envolvidas no negócio, como a sincronização do programa Smiles, mais espaço entre poltronas e check-in pela internet.

De acordo com o relatório de maio da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a Gol tem 35,3% do mercado doméstico brasileiro e ocupa a segunda posição. A TAM lidera o setor com 44,4%, e a Webjet tem uma fatia de 5,16%. Com a aquisição desta última, a Gol ultrapassa os 40% de participação, mas, ainda assim, fica atrás da TAM.

Frota

Apesar de serem da mesma fabricante das aeronaves da Gol, os atuais aviões usados pela Webjet deverão ser substituídos porque são de uma geração anterior aos usados atualmente. O presidente da Gol prevê a troca dos aviões, o que inclui o aumento do número de pedidos à Boeing, que produz as aeronaves usadas pela Gol.

Por que comprar a Webjet?

O presidente da vice-líder do mercado brasileiro de aviação civil – a primeira é a TAM – afirmou que a proposta de trabalho parecida e a possibilidade de redução de custos operacionais motivaram a compra da Webjet.

- A Webjet tem o mesmo perfil e proposta da Gol, com estrutura enxuta e tarifas competitivas, o que já facilitaria a integração da companhia. Outro ponto positivo é o fato de operarem aeronaves de geração anterior à nossa, o que deixa o treinamento dos tripulantes mais barato. Então, não teremos que fazer uma reestruturação. Vamos conseguir não só manter a consistência operacional como também tornar o serviço mais atraente com custo baixo para nosso cliente.

fonte: r7.com

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