Famosa por abrigar corridas de cavalos, Louisville tem atrações para todos os gostos

Louisville ganha a atenção das pessoas por 120 segundos todo mês de maio, mas há mais nesta cidade cortês no Rio Ohio que o Derby de Kentucky - a tradicional corrida de cavalos da cidade. A última década viu um florescimento cultural e cívico, com novas galerias, restaurantes e espaços de apresentação, ao lado da lista já robusta de seduções da cidade. Bairros inteiros – Butchertown, por exemplo, e East Market – foram reinventados como motores de expressão cultural e culinária. Independente das mudanças, Derby City mantém o seu charme – um copo de uísque fino e uma boa conversa não são difíceis de encontrar. E para não deixar de constar, a pronúncia é “LOU-u-vul”.

Sexta-feira

18h - Familiarização
Mais de 45 bares diferentes margeiam os cerca de três quilômetros do corredor Bardstown Road-Baxter Avenue, de restaurantes elegantes até botecos de chão sujo. Ensanduichados entre eles estão cafés, galerias especializadas em carpintaria e cerâmica regional, e lojas de jóias e roupas vintage, instrumentos musicais e curiosidades tendo Louisville como tema. Uma adição bem-vinda é a Holy Grale (1034 Bardstown Road; 502-459-9939; holygralelouisville.com). Aberta recentemente em uma igreja com um século de idade, esta taverna escura, com um bar polido percorrendo toda sua extensão, oferece uma seleção de ótimas cervejas, incluindo 20 chopes raros como o não pasteurizado Aecht Schlenkerla Rauchbier Urbock, uma cerveja escura que é surpreendentemente leve, apesar de seu sabor de chocolate defumado. Tacos de chouriço (US$ 5) oferecem um complemento picante.

20h30 - Contrabandistas e canjica
O Jack Fry’s (1007 Bardstown Road, 502-452-9244; jackfrys.com) abriu em 1933 como um paraíso para contrabandistas e bicheiros, e manteve-se como um endereço popular de jantar, com sua atmosfera clássica do Velho Sul e decoração original. Uma coleção de fotografias dos anos 30 – incluindo fotos da enchente de 1937 que devastou o centro da cidade e provocou o desenvolvimento dos bairros da região leste, atualmente mais ricos – enfeitam as paredes, e um trio de jazz discreto se apresenta em um canto. Atualmente o restaurante se concentra em reinvenções sutis de pratos típicos do Sul. Experimente o camarão e canjica com molho “red-eye” e presunto (US$ 11), seguido por costeletas de cordeiro em um molho de alecrim com shiitakes e tomilho (US$ 30).

22h30 - Um pouco de música noturna
De Will Oldham e Slint até My Morning Jacket, a cena musical de Louisville repercute por todo o mundo. Mesmo se você não tiver a sorte de pegar o sr. Oldham ou o MMJ em uma de suas aparições locais, com talentos como Wax Fang, Cheyenne Mize, Seluah e Joe Manning você pode sempre encontrar algo para levar seu espírito para longe. O Zanzabar (2100 South Preston Street; 502-635-9227; zanzabarlouisville.com) oferece uísque barato no bar em forma de ferradura enquanto você assiste um dos novos artistas da cidade (ou do país) no palco intimista. O horário de fechamento aqui – como em quase todos os lugares em Louisville – é 4 horas da manhã.

Sábado
9h - Arte e pratos caseiros
O East Market District talvez seja o melhor dos projetos de revitalização da cidade. Apelidado de NuLu (Nova Louisville), o bairro possui lojas de antiguidades e novas galerias reluzentes. A Swanson Reed Contemporary (638 East Market Street; 502-589-5466; swansonreedgallery.com) e a Zephyr Gallery (610 East Market Street; 502-585-5646; zephyrgallery.org) exibem pinturas, vídeos e instalações de artistas regionais e nacionais. Antes de ir longe demais, visite o novo Hillbilly Tea (120 South First Street; 502-587-7350; hillbillytea.com) para o (café da manhã) Moonshine Breakfast: costeleta de porco grelhada com uísque e sálvia, ovos mexidos com ervas e uma batata assada (US$ 12). O resultado é bom e os moradores sabem, então tenha paciência.

11h - Flutue como uma borboleta
O maior filho de Louisville é realmente o maior: Muhammad Ali. O Muhammad Ali Center (144 North Sixth Street; 502-584-9254; alicenter.org) celebra o talento singular de Ali como um lutador e seus esforços humanitários pós-aposentadoria, mas os curadores não pouparam esforços em sua história. Claro, você pode experimentar o saco de pancada, mas não antes que você esteja imerso em apresentações multimédia que contextualizam a carreira de Ali dentro da luta pelos direitos civis. O Centro de Ali faz parte do Museum Row (museumrowonmain.com), uma confederação de museus e galerias dedicados à ciência, artesanato, tacos de beisebol, guerra e muito mais.

13h30 - Montem em seus cavalos
Churchill Downs (700 Central Avenue; 502-636-4400; churchilldowns.com) exige uma visita mesmo se você não estiver aqui para o Derby – especialmente se você não estiver aqui para o Derby. A temporada começa em 30 de abril, e um lugar em Millionaire’s Row que custou ao Diddy US$ 68 mil no dia do Derby, custa apenas US$ 20 quando você estiver entre os mortais; não se preocupe, os pôneis correm com mesmo empenho. Adjacente ao Downs, o Kentucky Derby Museum (704 Central Avenue; 502-637-7097; derbymuseum.org) oferece uma visão geral do Derby de Kentucky e realiza várias visitas ao hipódromo, incluindo uma visita aos “bastidores”, lar de 1.400 puros-sangues durante a temporada de corridas. Depois, visite a Wagner’s Pharmacy (3113 South Fourth Street; 502-375-3800; wagnerspharmacy.com), ponto de encontro lendário de noivos, jóqueis e jornalistas esportivos. Pouco alterado desde 1922, o balcão de almoço do Wagner’s exibe fotos amareladas de lendas – tanto de duas pernas quanto de quatro patas – da história do Derby.

18h - Whiskey Row
Louisville tem uma das maiores coleções de fachadas de ferro fundido fora do SoHo, em Nova York, mas por causa da desatenção e do desenvolvimento insensível, vários desses edifícios conhecidos como Whiskey Row correm risco de destruição. Alguns, no entanto, foram restaurados. Aberto em fevereiro, o Doc Crows (127 West Main Street; 502-587-1626; doccrows.com) ocupa a ex-destilaria Bonnie Bros., no final em bom estado da Whiskey Row. Pegue um lugar na sala dos fundos desta gema dos anos 1880 e desfrutar de ostras com bourbon mignonette (US$ 2 a US$ 2,50 cada) e carne de porco desfiada ao estilo da Carolina (US$ 8). Brett Davis, um proprietário e um dos 112 mestres sommeliers do país, está presente na maioria das noites. Peça ao Brett para selecionar qual dos 64 uísques do Doc Crows casa melhor com a sua refeição.

22h30 - Retrocedendo incessantemente
Os jovens adoram o ornamentado e lotado Fourth Street Live, um shopping urbano com lugares como T.G.I. Fridays e Hard Rock Cafe. Mas afaste-se alguns passos desse caos e descubra o maravilhosamente desgastado Old Seelbach Bar (500 Fourth Street; 502-585-3200; seelbachhilton.com). Há rumores de que quando o segundo-tenente F. Scott Fitzgerald ficou estacionado em Louisville, ele passava horas neste bar imponente em frente ao grande saguão do Seelbach Hotel. O hotel em si faz uma pequena ponta em “O Grande Gatsby”, mas Fitzgerald não destacou o bar em sua obra-prima, preferindo manter o melhor para si mesmo. Pelo menos é assim que diz a história local. Seja qual for o motivo, é melhor assim.

Domingo

10h - Um passeio no parque
Supere os efeitos persistentes da noite passada com o estímulo de um favorito local, o Heine Brothers’ Coffee (1295 Bardstown Road; 502-456-5108; heinebroscoffee.com). Este endereço compartilha uma passagem com uma das últimas grandes livrarias, a Carmichael’s (1295 Bardstown Road; 502-456-6950; carmichaelsbookstore.com). Fique à vontade para circular entre uma e outra enquanto se prepara para o Cherokee Park. Inaugurado em 1892, o Cherokee foi uma das últimas e mais selvagens criaçõesde Frederick Law Olmsted – pense em Prospect Park no sopé dos Apalaches. Estacione perto da Hogan’s Fountain e você poderá explorar os quase 160 hectares de trilhas, colinas e prados.

13h - Cave Hill
O coronel Harland Sanders – sim, aquele coronel Sanders – repousa ao lado de celebridades locais como George Rogers Clark, o fundador da cidade, no Cave Hill Cemetery (701 Baxter Avenue; 502-451-5630; cavehillcemetery.com), um cemitério exuberante da era vitoriana que oferece, obviamente, um ambiente tranquilo em meio à agitação do bairro Highlands. Antes de partir, faça como os moradores locais e deixe um spork (talher metade colher, metade garfo) ou um pacote de ketchup no túmulo com colunas dóricas do coronel, um memorial à fama do frango frito de Sanders.

O básico

Consistentemente classificado como um dos melhores hotéis do mundo, o 21C Museum Hotel (700 West Main Street; 502-217-6300; 21 chotel.com) é um destino em si. Aberto desde 2006, o 21C possui um restaurante inovador, com fornecedores locais, e mais de 830 metros quadrados de espaço para exposições, exibindo artistas como Kara Walker e Chuck Close. As diárias dos 90 quartos do 21C custam a partir de US$ 200.

Aberto em 1923, o Brown Hotel (335 West Broadway; 502-583-1234; brownhotel.com) proporciona uma experiência mais tradicional. O bar no saguão tem sido um ponto de encontro para moradores e visitantes elegantes há décadas. As diárias dos 293 quartos do hotel custam a partir de US$ 180.36 horas.

Tradução: George El Khouri Andolfato

fonte: viagem.uol.com.br