O Domingo Incrível de hoje vai destacar um misterioso fenômeno. Uma grande pedra que soa como um sino no topo de uma serra no interior da zona rural do litoral do Piauí. O Domingo Incrível, pela rede Meio Norte, começa depois do INSIDE TV, por volta das 22 horas.
Os índios chamavam as pedras que badalavam como sinos de "Itapuy". No povoado Brejinho, a cerca de 80 km da praia de Luís Correia, no litoral do Piauí tem uma. A região é diferente do cenário de dunas e marés que encantam a orla. A Pedra do Sino de Brejinho fica nas alturas, na região serrana da divisa com o Estado do Ceará. Não se sabe quem descobriu a pedra que badala como um sino. Em um dia perdido nas memórias ouviu-se um “estrondo” feito um trovão ecoar por todo o povoado. Há quem diga, entre os mais antigos, que um raio caiu antes e o chão tremeu. A partir desse dia a lenda da Pedra do Sino de Brejinho nasceu.
Em Brejinho todo mundo sabe onde fica a Pedra do Sino. Chegar lá é que é uma aventura. A trilha passa por uma mata espinhosa e fica desafiadora quanto mais se aproxima do local. Pedras soltas, degraus naturais entre altos e baixos exigem paciência, atenção e cuidado para não escorregar. Alongue-se antes e saiba que seu joelho vai ser muito exigido. Uma regra é valiosa: devagar se chega. Subir com um tênis com salto emborrachado ajuda. Leve água e use protetor solar. Planeje subir com luz do Sol suficiente para chegar ao topo, curtir o cenário e ter tempo de voltar. Depois que o Sol de põe, os riscos de acidentes na descida aumentam.
Lá de cima o visual é surpreendente. Em dia de céu limpo, dá pra ver o mar. A paisagem é encantadora. Quando se está quase chegando à Pedra do Sino, uma passagem entre as rochas desafia o equilíbrio. Não vá sem um guia que conheça os caminhos. A pedra misteriosa se revela. Basta uma batida suave que o seu som ecoa. Todas as outras pedras vizinhas são mudas.
Explicar o fenômeno tem alguma base geológica. A região tem rochas vulcânicas, do tipo basalto, originadas do resfriamento de lava (magma) na superfície. Elas têm aproximadamente 150 a 115 milhões de anos de idade (Jurássico-Cretáceo). São rochas em que os cristais são muito pequenos e a cor pode variar de preto a cinza escuro ou o castanho. A pedra do sino é, portanto, uma rocha do tipo basalto assentada sobre uma caixa de ressonância que fica abaixo de seu apoio. Ao ser tocada com o vigor de uma batida ou pancada, ressoa o som metálico de um sino. É a única que se comporta assim. Todas as rochas vizinhas, da mesma origem e composição, ficam caladas quando são marteladas. Diz uma lenda que a pessoa que tocar a Pedra do Sino não morre naquele ano.
O sino está presente em muitas religiões. Na índia, por exemplo, ele simboliza o ouvido, uma vibração primordial. Assim, a maior parte dos sons nas experiências de ioga são sons de sinos. No Islã, o sino é o som sutil do Poder Divino na existência. Na China, o som do sino é relacionado com o trovão e se associa ao do tambor. A música dos sinos é a música dos príncipes e da harmo¬nia universal. O ruído dos sinos tem, universalmente, um poder de exorcismo e de purificação. Ele afasta as influências negativas e adverte sua aproximação.
fonte: meionorte.com
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