Exclusivas, disputadas e repletas de mordomias. As suítes mais desejadas
entre os 42 mil quartos de hotéis de categoria turismo em São Paulo
pedem, em alguns casos, reservas de até um ano ou mais de antecedência.
Para o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, em 27 de novembro, estão
todas lotadas. E as listas de espera para a Copa de 2014 já começaram a
ser formadas.
No Hotel Fasano, por exemplo, não há mais vagas neste ano nas duas
unidades da Two-Bedroom. As diárias da suíte custam R$ 4,5 mil, mas
chegam a R$ 7,9 mil durante a passagem da F1 pela capital. O evento
automobilístico é, de longe, o ponto alto da hotelaria paulistana, tanto
que o Grand Hyatt já tem reservada a Suíte Presidencial Pinheiros para a
edição de 2012, por R$ 12 mil.
O mesmo ocorre com a suíte presidencial do Hilton, também já ocupada
para o GP Brasil do próximo ano. A diária de R$ 18 mil no 27.º andar,
com 360 metros quadrados e vista para a Ponte Octavio Frias de Oliveira,
na Marginal do Pinheiros, também não é empecilho para que seja usada
dez noites por mês, em média, mesmo na baixa temporada.
Muito procurada e já reservada para a última semana de novembro, a
presidencial do Unique (R$ 15 mil) tem duas banheiras, uma em cada suíte
do apartamento, além de deque com piscina no piso superior, que passa
por reforma e tem vista para o Parque do Ibirapuera.
Outro destaque é o acesso exclusivo ao restaurante Skye, cuja paisagem
já foi apreciada por artistas como Yoko Ono e Kevin Costner. Já há
grupos interessados em negociar todos os quartos para a Copa de 2014. No
Emiliano, até os lençóis trazem as iniciais do hóspede, que também
recebe travesseiros húngaros de pluma de ganso. A diária custa R$ 2.350.
Renovado em 2009, o Tivoli Mofarrej tem a diária mais cara: R$ 30 mil.
Também é a maior entre as suítes presidenciais, com 750 m², por onde já
passaram a cantora Amy Winehouse e Catherine Deneuve. Como outros
hóspedes que a ocupam, tiveram chef de cozinha e mordomo à disposição.
Há também cinema no quarto, com TV de LED 3D de 65 polegadas.
Frutas da estação, bebidas e uma série de “mimos” ainda entram na conta
das suítes mais desejadas da capital, além daquilo que várias
celebridades buscam: privacidade.
Lotação. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do
Estado de São Paulo (Abih), os quartos em unidades de luxo da capital
têm ocupação média que beira os 50% durante todo o ano. “Mas no período
de eventos ficam todos lotados”, afirma o presidente da entidade,
Maurício Bernardino. Também é raro encontrar suítes presidenciais pagas
por pessoas físicas. As estadas são geralmente bancadas por empresas.
Segundo produtores de eventos consultados pelo Estado, a presença
frequente de personalidades mundiais na capital nos últimos anos mudou o
perfil das negociações na hora de se fechar o valor de um quarto. Não
há gratuidade para atrair o hóspede famoso e a consequente atenção da
mídia. No máximo, é oferecido um “upgrade” na suíte escolhida – e por
outros motivos.
A concessão de descontos é feita com base na quantidade de pessoas que
chega com a comitiva. O U2 e o Cirque du Soleil, por exemplo, trazem nas
visitas ao Brasil até 200 pessoas, entre técnicos e artistas. E, com
isso, conseguem bons descontos.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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