Grandes especialistas, tanto da Universidade Estadual do
Maranhão, como foi o caso do professor Dr. José Milton Barbosa,
engenheiro de pesca, que tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e
Engenharia de Pesca,
com ênfase em ictiologia aplicada e aquicultura: alimentação, crescimento e comportamento social de peixes,
quanto os que compõe o quadro de pesquisadores da Universidade Federal
do Piauí e Federal de Alagoas, manifestaram-se a respeito da solução
encontrada pelo vereador Fernando Gomes para o controle biológico da proliferação de piranhas, que foi de alimentá-las.
A professora Profa. Janaína de Araújo Sousa Santiago, manifestou-se da seguinte maneira:
“Na minha opinião, não se faz controle biológico para crescimento de população de qualquer espécie de peixe com a inserção de alimento. Pessoalmente, sou mais favorável à introdução de predadores da espécie, com a posterior proibição da pesca no balneário, para evitar a captura dos espécimes introduzidos.
Outro fato que me preocupa, foi que durante a realização de um estudo
sobre composição do conteúdo estomacal destes organismos na Lagoa do
Portinho, encontramos, além de restos animais de aquáticos, pedaços de
carne bovina, o qual confirmamos serem originados de "iscas" utilizadas
por pescadores na região litorânea da lagoa. Ou seja, deve ser realizado
um amplo estudo sobre a ecologia e comportamento destas espécies
buscando sobretudo responder estas questões: os ataques a banhistas são
ocasionados por defesa de território? falta de alimento? Observa-se que a
espécie de macrófita aquática existente ali na região litorânea
funciona como abrigo para construção de ninhos”.
O professor pesquisador Leonardo Teixeira de Sales, da Universidade
Federal de Alagoas, que tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e
Engenharia de Pesca com ênfase em exploração pesqueira enviou ao
Proparnaiba um trabalho do qual faz parte junto a mais dois estudiosos
da área, que mostra a mesma linha das orientações do professor Dr. José
Milton Barbosa.
Confira um trecho do trabalho: (Pesquisa completa no link http://www.proparnaiba.com/sites/default/files/lagoa_do_portinho11.pdf
“Caso seja comprovada a superpopulação de piranhas, seu controle pode ser efetivado com a introdução de predadores.
Sugere-se peixamento com tucunaré que tem sido uma solução a médio e
longo prazos para reservatórios do Nordeste do Brasil. Pescarias com
redes de emalhar podem ser incentivadas para reduzir a predominância de
piranhas”.
É possível salientar que, diante da experiência e opinião de vários
pesquisadores renomados no âmbito da Engenharia de Pesca, a respeito do
controle biológico da proliferação de piranhas, todos foram categóricos
em dizer que a decisão de introduzirem espécies para a alimentação das
piranhas é equivocada e só aumentará o problema já existente no local.
fonte: www.proparnaiba.com
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