domingo, 4 de dezembro de 2011

Redes clandestinas oferecem em SP passagens baratas para o PI

 
Passagens são baratas, mas os riscos são maioresPassagens são baratas, mas os riscos são maiores
A rodoviária de Santo André, maior da região, espera só no mês de dezembro que cerca de 70 mil pessoas passem pelo terminal. O movimento, no entanto, poderia ser ainda maior se não fossem as empresas de ônibus clandestinos que operam no ABCD (Região do ABC Paulista). Há cerca de cinco anos, o local recebia, neste mesmo período do ano, 110 mil pessoas, segundo a supervisão de operações. Um dos destinos destas empresas é o Piauí
Para se ter uma ideia da facilidade com que as companhias ilegais atuam, é possível encontrar locais em Santo André, nos quais é possível ir para cidades de Pernambuco, Piauí e Bahia sem dificuldades. É só chegar e comprar as passagens, que custam pelo menos metade do valor cobrado pelas empresas convencionais.

Uma passagem para o Piauí partindo do ABCD em dezembro custa R$ 220, com saídas todas os sábados. Já para o Pernambuco e cidades baianas é possível viajar por R$ 180, saindo em qualquer terça-feira. E se perguntar se o ônibus é clandestino, o próprio vendedor de passagens confirma.
O risco, portanto, é do passageiro, que se sujeita a viajar em ônibus que não passam por revisões obrigatórias, não têm seguros e que estão sujeitos a ficar no meio da estrada, caso sejam parados pela polícia.

De acordo com o relatório produzido pelo Departamento de Pesquisa da Viação Itapemirim, cerca de 100 empresas do tipo atuam no país. A média do valor de passagens cobradas é de R$ 177. Por ano, segundo o estudo, as clandestinas transportam 538 mil pessoas e faturam cerca de R$ 96 milhões, se for considerado que cada empresa possuísse apenas um veículo.

As 196 permissionárias, autorizadas a funcionar pela ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres), têm 13 mil carros e transportam 131 milhões de usuários por ano.

Segundo o diretor comercial da Viação Itapemirim, José Valmir Casagrande, as viações irregulares são as principais concorrentes das companhias normais. “Nós achamos que isso acontece por falta de informação das pessoas. Muita gente acha que é inacessível a viagem numa empresa como a nossa e acaba se arriscando”, explicou.

Ainda de acordo com Casagrande, o maior desafio hoje é que os órgãos competentes tirem as ilegais do mercado. Além disso, a empresa tem investido em tecnologia e conforto. “Quem viaja numa empresa regular não volta a usar os serviços das clandestinas”, diz.

fonte: www.180graus.com

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