O leilão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos (Campinas) e Brasília, marcado para o próximo dia 6 de fevereiro, em São Paulo, seguirá um novo modelo, até então inédito por aqui. De acordo com André Demarco, diretor de operações da BM&FBovespa, que organiza o leilão, esse será "um dos mais complexos" leilões já realizados no Brasil.
Os três aeroportos serão disputados simultaneamente pelos consórcios, de forma a “tentar obter o maior valor pelo conjunto de aeroportos”, segundo Adriano Miranda, presidente da comissão de licitação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), durante a apresentação do leilão nesta sexta-feira (20), na BM&FBovespa, em São Paulo.
Isso quer dizer que não será o lance individual mais alto que vai indicar qual consórcio sairá na frente na disputa por determinado aeroporto, mas o conjunto de propostas que resultar no “maior valor global”, ou seja, na “maior somatória” pelos três terminais, lembrando que um mesmo consórcio não poderá arrematar mais de um aeroporto.
Dessa forma, a classificação de cada consórcio poderá ser alterada a cada novo lance. O consórcio que tiver feito propostas para mais de um terminal não terá como garantir que, no final, levará o aeroporto de sua preferência. Durante a disputa, eles serão classificados como titular, ativo, inativo ou, ainda, desclassificado. No momento em que se encerrarem os lances, será vencedor o consórcio que tiver a classificação de titular.
Para tentar atingir seus objetivos, os consórcios terão que fazer diversos cálculos antes de cada lance e, por isso, a previsão é que o leilão seja longo, podendo demorar até cinco horas. De acordo com Paulo Cirulli, gerente de produtos imobiliários e leilões especiais da BM&F Bovespa, “outros países utilizam modelos [de leilão] ainda mais complexos”.
Os lances mínimos foram fixados em R$ 3,4 bilhões para Guarulhos (Cumbica), R$ 1,471 bilhão para Viracopos e R$ 582 milhões para Brasília.
Análise do TCU
O TCU (Tribunal de Contas da União) está analisando o edital do leilão e uma eventual reprovação não é descartada --caso existam inconsistências no texto. Se isso acontecer, o leilão poderá ser paralisado, admitiu a superintendente de regulação econômica da Anac, Daniele Crema.Segundo ela, mesmo que o TCU não se pronuncie sobre o texto até o dia do leilão (6 de fevereiro), “o certame acontecerá normalmente na data prevista”. Já o presidente da comissão de licitação, Adriano Miranda, disse acreditar “que os documentos apresentados ao TCU se sustentam”.
Na próxima segunda-feira (23), a Anac deverá divulgar uma ata de esclarecimento com as respostas para mais de mil perguntas sobre o leilão.
fonte: www.uol.com.br
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