quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MTur explica nomes dos aeroportos das cidades-sede

No mínimo serve como curiosidade. Mas é informação válida, ainda mais em tempos de efemeridades e superficialidades. O Ministério do Turismo fez um levantamento dos aeroportos de cidades-sede da Copa de 2014 de Futebol e resolveu explicar quem são os homenageados que emprestam seus nomes aos terminais. Confira:

BELO HORIZONTE (MG) - Aeroporto Internacional Tancredo Neves.
Rodovia MG 10, Km 39. (31) 3689-2700.
Um dos mineiros contemporâneos mais emblemáticos, Tancredo Neves nasceu em São João Del Rei, em 4 de março de 1910. Advogado, foi eleito vereador em São João del Rei, em 1935. Depois, nomeado primeiro-ministro com a instauração do regime parlamentarista, logo após a renúncia do presidente Jânio Quadros. Ocupou o cargo de 1961 e 1962. No ano seguinte, voltou a ser eleito deputado federal. Tancredo foi senador pelo MDB, em 1978, e fundou o PP, partido pelo qual continuou exercendo o mandato até 1982. No ano seguinte, ingressou no PMDB e foi eleito governador de Minas Gerais (1983-1984). Com o senador José Sarney como vice, foi eleito presidente da República pelo Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro de 1985, representando o partido da oposição e derrotando Paulo Maluf. Na véspera de sua posse, em 14 de março de 1985, o político foi internado em estado grave no hospital e o vice-presidente José Sarney assumiu o cargo. Morreu no dia 21 de abril de 1985, em São Paulo.

BRASÍLIA (DF) - Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek
Aeroporto Internacional de Brasília s/nº. (61) 3364-9000.
Criador da cidade cujo aeroporto leva seu nome, Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu em 12 de setembro de 1902, em Diamantina (MG). Começou a trabalhar como capitão-médico da Polícia Militar, quando fez amizade com quem seria o futuro governador de Minas, Benedito Valadares. Foi eleito deputado federal (1934-1937) e nomeado prefeito de Belo Horizonte (1940-1945). Foi eleito governador de Minas Gerais (1950-1954) e venceu a eleição para presidente da República, com o slogan ‘Cinqüenta Anos em Cinco’. Na presidência, seu principal feito foi a construção de Brasília e a instituição do Distrito Federal, o que marcou a transferência da capital federal (até então no Rio de janeiro), em 21 de abril de 1960. Quando terminou o mandato, foi eleito senador por Goiás, em 1962, mas teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos, em 1964, pelo regime militar. Se afastou da política e dedicou-se ao trabalho como empresário. Morreu em um desastre automobilístico no km 165 da Via Dutra, em 22 de agosto de 1976.

CUIABÁ (MT) - Aeroporto Internacional Marechal Rondon
Av. João Ponce de Arruda s/nº - Varzea Grande. (65) 3614-2500.
Esse mato grossense entrou para a História como o patrono das comunicações. Ainda jovem, Rondon decidiu servir ao Exército e dedicar-se à construção de linhas telegráficas. Percorreu mais de 100 mil km e elaborou as primeiras cartas geográficas de cerca de 500 mil km2. Fundou o ‘Serviço de Proteção ao Índio’. Rondon seguiu sua missão abrindo caminhos, desbravando terras, lançando linhas telegráficas, fazendo mapeamentos e estabelecendo relações com os índios. Em 1906, entregou uma linha telegráfica entre Cuiabá e Corumbá, alcançando as fronteiras do Paraguai e da Bolívia. Em setembro de 1913, foi atingido por uma flecha envenenada dos índios nhambiquaras. Salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda, ordenou a seus comandados que não reagissem: "Morrer, se preciso for. Matar, nunca". Em 5 de maio de 1955, seu aniversário de 90 anos, recebeu o título de ‘Marechal do Exército Brasileiro’. Em 1957, foi indicado para o prêmio Nobel da Paz.

CURITIBA (PR) - Aeroporto Internacional Afonso Pena
Avenida Rocha Pombo s/n° - São José dos Pinhais. (41) 3381-1515
Esse político (1847-1909) foi presidente da República, de novembro de 1906 a junho de 1909. Afonso Augusto Moreira Pena nasceu em Santa Bárbara, filho de imigrante português que foi procurar ouro em Minas, no início do século 19. Estudou direito em São Paulo e entrou na política em 1874, como deputado provincial. Foi eleito deputado por quatro legislaturas sucessivas, de 1878 a 1889. Além de legislador, também atuou no Executivo durante o Império, como chefe dos ministérios da Guerra (1882), da Agricultura (1883) e da Justiça (1885). Foi eleito deputado constituinte (1890), presidente da província de Minas Gerais (1892) e presidente da República (1906). Em 1907, ampliou a rede de comunicações do Brasil ao ligar a Amazônia ao Rio de Janeiro - por meio do telégrafo. Em 1908, perde parte do apoio político e ainda o segundo de seus nove filhos. Os dois episódios abalam sua saúde. Morre de pneumonia no ano seguinte, no Rio de Janeiro, sem terminar o mandato.

FORTALEZA (CE) - Aeroporto Internacional Pinto Martins
Avenida Senador Carlos Jereissati 3.000 - Bairro Serrinha. (85) 3392-1200.
O cearense Euclides Pinto Martins foi o primeiro aviador a cruzar o céu do Brasil vindo dos Estados Unidos. Na verdade, ele era o co-piloto, mas lhe foi cedida a nave ainda no ar. O hidroavião biplano havia sido cedido pela jornal americano ‘The New York Word’. A viagem começou em 4 de setembro de 1922 e terminou em 8 de fevereiro de 1923. Pinto Martins nasceu em Camocim (CE), em 1892. Em 1907, embarcou no navio ‘Maranhão’, mas saiu no ano seguinte para ser segundo piloto do navio ‘Pará’. Um acidente de bordo interrompeu sua carreira naval por problemas na carótida. No mesmo ano, foi aconselhado pelos médicos a abandonar a carreira. Euclides Pinto Martins teve muitas dificuldades ao longo da vida. Após um período de fama e glória, ele sentiu o peso de ser um homem comum, com pouco dinheiro. Estava sendo pressionado para pagar o dinheiro emprestado (US$ 19 mil). Foi neste clima que foi encontrado morto em seu quarto com um tiro na cabeça. Era 12 de abril de 1924.

MANAUS (AM) - Aeroporto Internacional Eduardo Gomes
Avenida Santos Dumont, 1350. Tarumã. (92) 3652-1366.
O ‘Marechal do Ar’ nasceu em Petrópolis (RJ) em setembro de 1896. Sentou praça na Escola Militar de Realengo (1916) e serviu em Curitiba (PR), no 9o Regimento de Artilharia. Interessado por aviação, apresentou-se no Forte Copacabana (RJ), aderindo ao movimento ‘Revolução dos Tenentes’. Participou do episódio que ficou conhecido como ‘os 18 do Forte’, quando foi gravemente ferido. Foi condenado e desterrado para a Ilha de Trindade. Libertado, foi o primeiro comandante do Grupo Misto de Aviação, em maio de 1931. Com a criação do Ministério do Aeronáutica, foi transferido para a Força Aérea Brasileira. Em 12 de dezembro de 1941, assumiu o Comando da 2ª Zona Aérea. Terminada a Segunda Guerra, disputou duas vezes a Presidência da República. E ocupou duas vezes a pasta da Aeronáutica. Foi transferido para a reserva em 13 de setembro de 1960. Faleceu dia 13 de junho de 1981. Foi proclamado ‘Patrono da Força Aérea Brasileira’, em 6 de novembro de 1984.

NATAL (RN) - Aeroporto Internacional Augusto Severo
Aeroporto Int. Augusto Severo s/n°. Emáus – Parnamirim. (84) 3087-1270.
O potiguar Augusto Severo de Albuquerque Maranhão nasceu em Macaíba, em 1864, e é considerado o ‘Mártir da Tecnologia Aeronáutica’. Professor de matemática, abolicionista, líder político, deputado federal e inventor dos balões semi-dirigidos - em especial o ‘PAX’, cujo nome simbolizava sua crença em sua criação, pois achava que ela poderia evitar guerras entre as nações. Depois que Santos Dumont recebeu o prêmio ‘Deustsh de la Meurthe’, Severo desenvolveu suas experiências com o aparelho mais pesado que o ar. Em 1902, viajou para Paris para construir seu balão, com 30m de altura e tecnologia avançada. Em maio de 1902, fez manobras durante dez minutos com seu balão, realizou círculos fechados apresentando figuras em forma de oito, provando a operacionalidade do invento e sua habilidade em manejá-lo. Subitamente, quando o PAX estava a 400m de altura, o balão foi visto em chamas. Segundos depois, uma explosão. Terminava ali a carreira de Augusto Severo.

PORTO ALEGRE (RS) - Aeroporto Internacional Salgado Filho
Avenida Severo Dulius, 90010. Porto Alegre. (51) 3358-2000.
Nascido em Porto Alegre, em 2 de julho de 1888, Joaquim Pedro Salgado Filho
formou-se em Direito em 1908. Foi escolhido pelo presidente Getúlio Vargas para dirigir a Aeronáutica brasileira durante a II Grande Guerra. Reorganizador do setor aeronáutico, foi durante a sua gestão que a Força Aérea Brasileira se especializou na proteção à navegação costeira. Por seus serviços, recebeu condecorações como: Grã-Cruz da Ordem da Benemerência (Portugal), Grã-Oficial da Ordem Nacional del Mérito (Paraguai), Condecoração Al-Mérito (Chile); Grã-Cruz da Ordem "El Sol del Peru"; Grã-Cruz da Ordem do Mérito Militar (Bolívia); Grã-Oficial da Ordem Nacional "Al Mérito" (Equador); Grande-Oficial da Ordem do Mérito Aeronáutico (1951). Permaneceu à frente do Ministério da Aeronáutica até 30 de outubro de 1945, transmitindo o cargo ao Brigadeiro Armando Figueira Trompowsky de Almeida e retornando à advocacia. Faleceu em 30 de julho de 1950, em um acidente de avião.

RECIFE (PE) - Aeroporto Internacional Gilberto Freyre
Praça Senador Salgado Filho s/nº. Biribeira. (81) 3322-4188.
Publicado em 1933, o livro ‘Casa-Grande & Senzala’ colocou Gilberto Freyre na literatura brasileira de forma definitiva. A partir daí, passou a estudar o cotidiano por meio da história oral, documentos pessoais, manuscritos de arquivos públicos. Usou seus conhecimentos de antropologia e sociologia para interpretar fatos de forma inovadora. Deputado federal pela UDN, em 1946, sua vida política foi marcada pela ação contra o racismo. Em 1942, foi preso no Recife por ter denunciado nazistas e racistas no Brasil. Em 1954, apresentou propostas para eliminar as tensões raciais na Assembléia Geral das Nações Unidas. Freyre recebeu diversas homenagens. Entre elas, em 1962, da escola de samba Mangueira, com o enredo ‘Casa-Grande & Senzala’. Foi doutor pelas universidades de Sorbonne (França), Colúmbia (EUA), Coimbra (Portugal), Sussex (Inglaterra) e Münster (Alemanha). Em 1971, a rainha Elizabeth 2ª lhe conferiu o título de Sir (Cavaleiro do Império Britânico).

RIO DE JANEIRO (RJ) - Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim
Aeroporto Internacional de Brasília s/nº. (61) 3364-9000.
A paixão pelo Rio de Janeiro certamente contribuiu para Tom Jobim fosse homenageado, dando nome ao aeroporto internacional da cidade. Antonio Carlos Brasileiro Jobim nasceu na Tijuca. Aos quatro anos, mudou-se com os pais para a Zona Sul, passando a morar no bairro de Ipanema e, depois, em Copacabana. Suas primeiras composições incluíram parcerias famosas com Newton Mendonça, que seria seu parceiro em ‘Desafinado’, e Billy Blanco, com quem comporia seu primeiro grande sucesso, ‘Tereza da Praia’. Apresentado a Vinícius de Moraes pelo crítico Lucio Rangel, foi convidado a compor as melodias de ‘Orfeu da Conceição’, peça que estreou em 1956. Acometido de problemas circulatórios, foi constatado um câncer na bexiga. Jobim foi operado no ‘Mount Sinai Medical Center’, em Nova York, em 6 de dezembro de 1994. Dois dias depois, teve uma parada respiratória e faleceu. O corpo foi transferido para o Brasil e enterrado no Rio de Janeiro.


SALVADOR (BA) - Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães
Praça Gago Coutinho, s/n. (71) 3204-1010.
Filho do ex-governador da Bahia e senador Antonio Carlos Magalhães, Luís Eduardo Magalhães morreu quando estava no auge da carreira, preparando-se para disputar o Palácio de Ondina (residência oficial do governo baiano). Nascido em 16 de março de 1955, demonstrou logo cedo sua vocação. Após o primeiro governo de Antonio Carlos Magalhães, foi nomeado chefe-de-gabinete da Primeira Secretaria da Assembléia Legislativa da Bahia, permanecendo como funcionário até 1979, quando foi eleito deputado estadual pela extinta Arena, aos 23 anos. Em fevereiro de 1995, assume a Presidência da Câmara dos Deputados, aos 39 anos. Por força do cargo, ocupou por duas vezes a Presidência da República. Foi Líder do Governo, em 1997 e 1998. Luís Eduardo Magalhães morreu de infarto aos 43 anos, em 21 de abril de 1998, quando iniciava a sua campanha para o Governo da Bahia. Era também um nome forte para a sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002.

SÃO PAULO (SP) - Aeroporto Internacional André Franco Montoro
Avenida Jamil João Zarif (acesso pela via Dutra). (11) 2445-2945.
André Franco Montoro nasceu em 16 de julho de 1916, em São Paulo. Em 1947, filiou-se ao PDC, elegeu-se vereador por SP e depois deputado estadual. Em junho de 1978, apresentou no Congresso projeto de emenda constitucional que restabeleceria eleições diretas para governador - o que acabou rejeitado. No dia 15 daquele mesmo mês, o Colégio Eleitoral elegeu João Figueiredo à Presidência da República. Com a derrota da ‘Emenda das Diretas’, Montoro apoiou a candidatura de Tancredo Neves e José Sarney, eleitos por grande maioria pelo Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro de 1985. Em junho de 1988, junto com alguns dissidentes, Montoro deixou o PMDB e fundou o PSDB. Em outubro de 1990, disputou uma vaga no Senado, mas foi derrotado. Em outubro de 1994, elegeu-se pela quarta vez deputado federal por São Paulo, reelegendo-se quatro anos depois. Faleceu em SP em 16 de julho de 1999.

fonte: www.panrotas.com.br

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