terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Oeiras e Piracuruca no Piauí, poderão entrar na lista do Patrimônio Cultural Brasileiro.

Os tombamentos dos conjuntos históricos e paisagísticos de duas cidades piauienses, Piracuruca (240 quilômetros ao norte de Teresina) e Oeiras (310 quilômetros ao sul da capital) serão temas apreciados pelo Conselho Consultivo Patrimônio Cultural, que estará reunido amanhã (25) e quinta-feira (26 de janeiro) na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, em Brasília.


As cidades de Oeiras e Piracuruca representam e materializam a expansão do tipo de colonização feita no Piauí: do sertão para o litoral, associada à interiorização da criação do gado bovino para sustentar a monocultura açucareira e a uma política oficial da Coroa Portuguesa de controle sobre a região, estratégica para o domínio de seus domínios na América.


Oeiras, em função de seu valor histórico como sítio de arquitetura colônia e primeira capital do Estado do Piauí, teve tombados isoladamente pelo Iphan tombou três bens: a Ponte Grande, o Sobrado João Nepomuceno (1939) e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória (1940).


A proposta agora é abranger uma área mais ampla do Centro Histórico, que inclui alguns dos trechos mais antigos da cidade, como o conjunto da Praça das Vitórias, o entorno dos riachos Mocha e Pouca Vergonha, o conjunto da Praça do Mercado Público Municipal e Praça Mafrense, e o conjunto do Largo do Rosário.


Além destes, o Iphan também pretende tombar a Casa do Canela, uma antiga propriedade rural de arquitetura tipicamente piauiense e totalmente preservada, e a Casa da Pólvora, o único edifício militar remanescente do período colonial no Piauí, construída para abrigar o paiol das forças militares da Capitania.

Associadas a esse conjunto também se destacam manifestações culturais de longa tradição, que permanecem vivas no seio da comunidade em celebrações religiosas como a Procissão dos Passos, a Procissão do Fogaréu, o Congo de Oeiras, que dão sentido e estrutura ao espaço urbano e a ele estão fortemente vinculadas.


Piracuruca – O Centro Histórico de Piracuruca é um conjunto urbano, arquitetônico e paisagístico único, que guarda um importante acervo da arquitetura típica piauiense, ameaçada de desaparecimento pelas constantes substituições e modernizações.


A área de tombamento compreende o centro da cidade, onde se destacam remanescentes urbanos e arquitetônicos de todos os períodos pelos quais o município passou ao longo de sua história, desde o início da ocupação de seu território, no século XVII, até por volta da década de 1960.


Já a área de entorno, que resguarda a paisagem da área tombada, se estende até a margem oposta do rio Piracuruca, cuja ocupação mantém-se ainda relativamente restrita, visando a proteger a paisagem e controlar o adensamento, resguardando o leito do rio e garantindo a preservação da vegetação e do ecossistema ali existentes e fundamentais para a leitura e interpretação do espaço.


Com informações do Iphan.

fonte: www.meionorte.com

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