Apesar da liberação dos recursos pela Infraero, a reforma do aeroporto
Petrônio Portella sequer foi iniciada, enquanto isso diariamente
passageiros sofrem com a falta de espaço. Não apenas uma questão de
conforto, a limitação física e operacional do aeroporto de Teresina se
tornou um imbróglio para o desenvolvimento do turismo do Piauí.
No período de alta estação a situação fica ainda mais complicada. O Portal AZ esteve nesta quarta-feira (25) no local e registrou a insatisfação dos passageiros e dos funcionários no aeroporto.
Uma funcionária da TAM, que pediu para não ser identificada, ressaltou
que as pessoas que frequentam o aeroporto de Teresina precisam lutar por
espaço. “É muito pequeno, a partir das 14h e aos finais de semana, as
pessoas vem embarcar seus familiares e não tem espaço para elas
ficarem”, disse a trabalhadora da companhia aérea.
Uma das passageiras que estava no terminal afirmou que a única solução
seria a ampliação do aeroporto. “O espaço para os passageiros deveria
ser maior, deveria ter mais opções de lanchonetes, sem contar com os
banheiros que são pequenos e maus cuidados”, disse Cleudia Menezes.
As reclamações com relação à instalação do banheiro são pertinentes. A
piauiense Alice Costa, disse que o espaço do banheiro é bastante
desconfortável. “Minha mãe é de idade e entrar no banheiro com ela e com
as malas é complicado”, informou à passageira que vai embarcar para São
Paulo.
Além de reclamar da falta de estrutura física dentro do Petrônio
Portela, os usuários do aeroporto ressaltam também que o estacionamento
do local não consegue atender a todos. “Tenho frequentados vários
aeroportos e o daqui deixa a desejar, não só o saguão, mas os
estacionamentos e o desembarque de passageiros”, afirmou Maria Luísa
Lopes.
A reforma, com a promessa de trazer várias melhorias para o aeroporto,
está temporariamente suspensa, já que a primeira etapa da ampliação do
local foi cancelada. Isso porque parte do dinheiro investido pela
Infraero, que serviria para desapropriação das famílias que moram
próximo ao aeroporto foi devolvida a empresa.
Segundo o Superintendente da Infraero do Piauí, Wilson Estrela, a
devolução do recurso se deu porque o dinheiro deveria ter sido repassado
para as famílias. A verba seria usada para indenizar aqueles que
possuíam imóveis na área envolvida no projeto de ampliação da pista de
pouso.
Como a desapropriação não foi realizada, o projeto está barrado, pois o
atual espaço físico não comporta a estrutura prevista de ampliação
aprovada pela Infraero, que destinou R$ 220 milhões para a obra de
ampliação do aeroporto da capital, que inclui construção de um novo
terminal de passageiros com 29 mil metros quadrados, área com capacidade
para pouso de 16 aeronaves e seis pontes de embarques. Atualmente o
local só tem capacidade para duas aeronaves e apenas um embarque.
Mas enquanto a ampliação não acontece, Aparecida Fontenele, funcionária
de uma loja de artesanato localizada no aeroporto, acredita que a
reclamações dos passageiros continuaram constantes. “Ouço todo tipo :de
reclamação. Dos atendimentos, do espaço que é pequeno e dos voos
cancelados”, disse.
fonte: www.portalaz.com.br
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