NOVO AEROPORTO | Projeto prevê nova casa de passageiros com ‘fingers’ para acesso a aviões (Foto Reprodução Jornal MN)
O terminal teve uma concepção arquitetônica baseada na espinha do piau, o peixe em cujo nome está a origem da palavra Piauí. O prédio foi projetado para receber seis pontes de embarque, mas com espaço para outros ‘fingers’.
O desembarque seria realizado na parte de baixo, com pelo menos seis esteiras para bagagens, amplo ‘hall’ com serviços que iriam de restaurante a revistaria e lojas de venda de produtos regionais e ‘suvernir’.
Até agora está prejudicado o projeto original com um terminal de 29 mil metros quadrados, além de pista auxiliar (‘tax way’), novos equipamentos para segurança de voo, novos hangares e terminal para embarque e desembarque da aviação de pequeno porte e área de escape nas duas cabeceiras da pista.
Na concepção original, o aeroporto operaria com até 12 aviões em seu pátio para pousos e decolagens. Também só teria saturação de demanda em um horizonte de 25 anos, conforme estudos da Infraero.
Mas isso muda bastante com o corte de 10 mil metros quadrados na casa de passageiros, para atender a pedido da prefeitura de Teresina que não quis desapropriar a área de 1,2 mil imóveis, necessária para se fazer a obra.
Além de um terminal de passageiros menor (que mantém a concepção arquitetônica inspirada no piau), o novo projeto implicará na redução da pista atual, de 2,3 mil para 1,9 mil metros quadrados, porque serão necessários 200 metros em cada uma das cabeceiras para área de escape.
Também não será feita a pista auxiliar (‘tax way’), o que reduz a possibilidade de mais voos e decolagem em menor espaço de tempo. Finalmente, com pista e terminal de passageiros menores, possivelmente em dez anos o aeroporto já não atenda mais à demanda de voos e decolagens.
A atual infraestrutura aeroportuária de Teresina atende a uma demanda de passageiros três vezes maior que sua capacidade instalada. Em 2005, o número de embarques e desembarques somou 333.873. No ano seguinte, 379.637 pessoas chegaram ou partiram em Teresina – o que já era 30 mil a mais que a capacidade do aeroporto.
Ano passado, segundo a Infraero, foram 1.048.596 passageiros, ou 214% a mais que em 2005. O dirigente local da Infraero, Wilson Estrela, lamenta que se tenha gerado um impasse que está resulta não somente em atraso na obra de ampliação do aeroporto – que sequer foi licitada, pois antes é preciso claramente estabelecer valores para desapropriação de imóveis no entorno do aeroporto.
Ele declara que não mais vai tratar do assunto publicamente. Desde dezembro, a direção nacional da Infraero pede que seja enviada relação de imóveis nas avenidas Centenário e Santos Dumont. Sem essa relação e planta de valores do IPTU, não se pode contratar empresa para avaliar os imóveis. O resultado é que ficam no papel um novo terminal de passageiros e outras obras da infraestrutura aeroportuária.
‘Puxadinhos’ são a solução provisória
A Infraero está fazendo dois módulos operacionais, os chamados ‘puxadinhos’, cada um com 700 metros quadrados, para abrigar novas áreas de embarque e desembarque. No desembarque haverá duas esteiras para bagagens. Parte da área hoje ocupada vai ser liberada para o saguão, o mesmo devendo ocorrer no embarque, o que deverá melhorar o hoje tumultuado ‘check-in’ do aeroporto de Teresina.
A área de embarque vai ter um espaço maior, dotado de uma revistaria e uma lanchonete, além de mais cadeiras para acomodar os passageiros. Nas contas da Infraero, os ‘puxadinhos’ vão manter o aeroporto menos sufocado até 2014 – o ano da Copa do Mundo no Brasil. Mas pelos dados da expansão de partidas e chegadas de passageiros em Teresina, as novas áreas de embarque e desembarque no Aeroporto Senador Petrônio Portella já começarão a operar com defasagem e saturação.
A previsão é de que dentro de 30 dias a Infraero entregue as novas salas de embarque e desembarque no aeroporto de Teresina.
fonte: www.meionorte.com
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