Por Miguel Arcanjo Prado, editor de Cultura do R7
Entre os sonhos turísticos mais embalados por brasileiros – e estrangeiros também – está o de conhecer as mundialmente conhecidas Cataratas do Iguaçu. A beleza natural pertencente a Brasil e Argentina foi eleita, com razão, uma das Sete Maravilhas da Natureza.
Foz do Iguaçu, cidade no extremo oeste do Paraná é quem abriga as famosas quedas d’água. A região é conhecida como Tríplice Fronteira, porque os rios Iguaçu e Paraná, que delimitam seus limites, separam o Brasil da Argentina e do Paraguai, respectivamente.
O R7 esteve por lá e dá para você sete dicas imperdíveis deste destino obrigatório nas férias ou no próximo feriadão:
1 - Parque Nacional do Iguaçu – Brasil
Visitar o Parque Nacional das Cataratas é a prioridade número um para quem visita Foz do Iguaçu. Afinal de contas, ele abriga as famosas quedas que impressionam homens e mulheres ao longo dos tempos.
Com ótima infraestrutura, o parque possui ônibus com ar-condicionado que saem o tempo todos dos pontos, levando os turistas ao diferentes pontos.
Não deixe de fazer a trilha por dentro da floresta tropical, onde é possível ver famílias de quatis. Mas fique esperto, não deixe os animais se aproximarem demais, porque eles gostam de roubar comida e podem ferir as pessoas com suas garras e mordidas, transmitindo doença. No mirante que há no meio da trilha, é possível fazer aquela foto de cartão postal com as cataratas no fundo.
O bom é iniciar o passeio bem no comecinho da manhã. No Espaço Naipi, ao fim da trilha, há o acesso às passarelas sobre as quedas, que deixam todo mundo molhado e embasbacado com a impressionante vista e o barulho que a força da natureza faz.
Quando bater aquela fome depois de tanta emoção, corra para o restaurante Porto Canoas, que fica à beira do rio Iguaçu e tem sempre um gostoso buffet com o melhor da cozinha internacional. Dá para comer de se fartar. Mas nada de ficar prostrado, porque ainda falta o ponto alto da visita.
À tarde, a dica é correr para o Macuco Safári, que fica dentro do parque e é o melhor passeio para se fazer na região, pois coloca o turista bem de frente à natureza. Além disso, tem uma impecável equipe de atendimento. Tudo começa em um carro movido à eletricidade, que percorre uma trilha pela floresta.
A guia, educadíssima, vai explicando a flora e a fauna local durante o percurso. Terminada a parte motorizada, ela convida a todos a descerem a pé uma trilha – com direito a ponte sobre riacho e cascatinha – até um pequeno porto beira do rio Iguaçu.
É aí que começa a parte mais emocionante da aventura. Do lugar, saem botes que levam os turistas debaixo das cataratas. Isso mesmo, após enfrentar as corredeiras do rio, com direitos a ondas, o piloto enfia o bote debaixo de uma das quedas.
Todo mundo lava a alma e sente cair a água geladinha de nossas famosas quedas no cangote. É de perder o fôlego. Não adianta colocar capa de chuva, porque a força da água é tamanha que molha tudo mesmo assim (quem quiser pode levar roupas especiais para este passeio e se trocar no vestiário que há no porto, além de deixar os pertences que não podem se molhar em um armário alugado). Tudo é feito com muita segurança, e todos os aventureiros precisam colocar o colete salva-vidas.
Diante das quedas, o medo inicial dá lugar ao prazer da adrenalina. Generoso, o piloto do barco faz uma segunda “imersão” nas cataratas, para a alegria de todos.
A equipe do passeio fotografa e filma tudo. Assim que o passeio termina, o disco com as fotos e o filme já estão disponíveis para quem quiser comprar a recordação material de um momento inesquecível.
2 – Itaipu
A Hidrelétrica de Itaipu ainda conserva o título de maior produtora de energia do mundo e ainda foi eleita uma das Sete Maravilhas da Engenharia moderna.
Construída no rio Paraná, na divisa do Brasil e Paraguai, a usina é binacional – os dois países a administram, tendo cada qual metade de seu comando.
Há opções para uma visita panorâmica, que leva pela parte exterior da construção, e a especial, bem mais interessante, pois além de apreciar as imagens externas, o público é levado para o coração da usina, nos subterrâneos da represa.
Lá , é possível ver uma turbina em funcionamento bem de pertinho e ouvir o barulho de sua força. Independentemente do tipo de visita, todos assistem em umcinema próprio a um vídeo explicativo, que conta toda etapa de construção da obra monumental, bem como aprende como é feita produção da eletricidade pela água. Educativo e surpreendente.
3 – Parque Nacional Iguazú - Argentina
Para quem tiver tempo de sobra, vale a pena cruzar a fronteira com a Argentina e conhecer o lado “hermano” das Cataratas. Afinal, a maior parte das quedas acontece no território argentino.
O transporte no Parque Nacional Iguazú é feito em um charmoso trenzinho que segue o trilho selva adentro. O ponto alto é a visita à Garganta do Diabo, onde está a última estação.
Após percorrer uma passarela gigante, chega-se à beira do precipício de 80 metros de altura, pelo qual a água cai por uma extensão de 150 metros – é a maior das quedas.
É preciso se acotovelar um pouquinho para conseguir fazer uma foto com a Garganta ao fundo, mas vale a pena a persistência, porque, realmente, é a vista mais impressionante.
O parque argentino possui outras trilhas e atividades, como um passeio que leva o turista de barco até as cataratas semelhante ao brasileiro, mas fique esperto: é melhor fazer o Macuco Safári no Brasil, já que nossos guias são bem mais gentis e atenciosos.
4 – Show folclórico na Rafain Churrascaria
Em uma das noites em Foz do Iguaçu é preciso reservar uma para a Rafain Churrascaria. Durante um farto jantar, servido em sistema de buffet e repleto dos mais variados tipos de comida, com o bom e velho churrasco como protagonista, acontece o famoso Show Latino.
Mais de 5 milhões de pessoas já viram a apresentação que conta com cerca de 50 artistas que passeiam pelo melhor do folclore e da cultura latino-americana.
Há números de tango, samba, candombe, salsa e ritmos gaúchos. Uma verdadeira festa da qual o público participa o tempo todo, seja com aplausos ou rodopiando guardanapos com a mão ao alto.
Quem não quiser jantar, pode optar em ver o Iporã Lenda Show, localizado em um teatro ao lado da churrascaria. Nele, é além da parte folclórica latina, é contada a lenda indígena da criação das Cataratas – fruto do castigo de uma serpente a uma índia que não quis se casar com ela, preferindo o amor de um guerreiro.
Além da Rafain e do Iporã, Foz do Iguaçu não tem uma noite muito agitada, quando comparada às grandes metrópoles.
Mas, os boêmios que precisam de um pouco de agito noturno têm uma opção: ir para a avenida Jorge Schimmelpfeng, no centro, onde ficam concentrado os barzinhos da cidade, onde é possível tomar cerveja, drinks e saborear gostosas e generosas porções.
5 – Puerto Iguazú
A cidadezinha argentina de Puerto Iguazú é bem pertinha de Foz. Basta atravessar a ponte da fraternidade, cruzar a fronteira (não se esqueça de levar o RG em bom estado ou o passaporte, pois o departamento de imigração da Argentina exige), e pronto.
Pequenina, a cidade é repleta de lojinhas de artesanato, sorveterias e restaurantes onde se pode comer a gostosa parrilla argentina – o melhor assado.
Ao fim da avenida Brasil está a famosa Feirinha de Artesanato. Lá, o turista se esbalda com azeitonas gigantes em conserva, queijos deliciosos e pode comprar ainda potes do incrível doce de leite que só os argentinos sabem fazer.
Quem busca diversão noturna pode dar uma passada na megadisco Cuba Libre, que toca ritmos latinos, brasileiros e música eletrônica e se tornou ponto de encontro de jovens argentinos, brasileiros e paraguaios, além dos turistas, é claro.
Outro passeio que deve ser feito é a visita à Tríplice Fronteira – no encontro dos rios Iguaçu e Paraná. A Argentina construiu um espaço lindo, com feirinha, pracinha, monumento e uma respeitável vista para o Brasil e para o Paraguai. Para quem gosta de apostar, a cidade tem um elegante cassino e também um movimentado Dut Free Shop, onde os compradores compulsórios se esbaldam.
Uma dica importante: na Argentina, é melhor procurar uma casa de câmbio em Puerto Iguazú para trocar reais por pesos. As lojas aceitam a moeda brasileira, mas cobram uma taxa de cambio pior quando comparada à praticada pelas casas de câmbio.
6 – Parque das Aves
Bem de frente ao Parque Nacional do Iguaçu fica o Parque das Aves, o maior especializado neste tipo de animais na América Latina. O foco são as aves tropicais.
Durante um trajeto de cerca de um quilômetro em meio aos viveiros, o turista se depara com variadas espécies de araras, tucanos, papagaios, beija-flores e outras aves de rara beleza.
O charme do parque é que deixa o público bem pertinho dos passarinhos. É possível entrar em alguns viveiros e ficar ao lado das aves.
Mas é preciso trata-las com respeito e carinho. Nada de disparar um flash na cara de um tucano, coitado, como a reportagem viu um turista mal educado fazer.
O grande barato do local é tentar entrar em conexão com a natureza e respeitá-la acima de tudo. Na saída, há lanchonete e uma charmosa loja repletas de souvenires do parque para levar a amigos e parentes. Vale a pena.
7 – Templo Budista
Para os amantes da cultura e das religiões orientais, uma visita ao Templo Budista de Foz do Iguaçu é obrigatória.
Os monges não cobram nada, mas não gostam quando os turistas ultrapassam o horário de saída, às 17h. Pedem, educadamente, para que todos se retirem. Portanto, vá cedo para poder tirar fotos com calma.
O lugar é repleto de estátuas religiosas gigantes das culturas budista e hindu, espalhadas por um bem cuidado jardim. A que faz mais sucesso é a de um Buda que olha para o rio Paraná. Tente fazer sua visita o mais silenciosamente possível e atenção: só é permitido tirar fotos das estátuas da área interna, dentro do templo, câmeras são proibidas.
FOZ DO IGUAÇU
Como chegar: Tam, Gol e Azul linhas aéreas tem voos diários partindo de São Paulo (a Azul sai de Viracopos, mas oferece ônibus grátis a São Paulo) rumo a Foz do Iguaçu. O voo dura uma hora e meia; 833 km separam as duas cidades. Os preços variam muito, por isso, é sempre bom pesquisar bem antes de comprar a passagem. De ônibus, também saindo de São Paulo, as empresas Kaiowa e Pluma têm saídas diárias. A viagem dura em média 16 horas. Tanto no aeroporto quanto na rodoviária há pontos de atendimento ao turista, onde é possível pegar grátis um mapa da cidade e folhetos dos principais lugares e empresas que fazem passeios turísticos na região.
Onde ficar: O Rafain Palace Hotelé uma das melhores opções em Foz do Iguaçu. Sobretudo para quem vai em grupo ou família. Com um parque exclusivo, com direito a charmosas redes debaixo de palmeiras gigantes e um viveiro de aves, o hotel conta ainda com uma piscina onde o sol teima em ficar até a tarde. Além disso, possui instalações confortáveis e monitores que cuidam das crianças. Quem vai no clima mais romântico também encontra seu lugar no hotel, que possui uma segunda piscina, mais afastada da movimentação. Além do farto café da manhã, incluído na diária, o hotel ainda tem almoço e jantares com cozinha internacional.
Para quem está com a grana curta para um hotel deste porte, Foz do Iguaçu também possuiu uma ampla rede de albergues e hotéis mais simples.
Para saber mais: visite o site da Secretaria Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu e o site do Iguassu Convention & Visitors Bureau.
fonte: www.r7.com
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