As medidas do governo argentino para controlar a fuga de dólares do país devem seguir afetando o turismo – com impacto direto agora no turismo brasileiro, uma vez que os argentinos são número um no ranking de visitantes estrangeiros que o Brasil recebe. Nesta semana, o governo de Cristina Kirchner determinou a elevação de 15% para 20% no imposto pago nas compras realizadas com cartão de crédito no Exterior, segundo a resolução 3.450 da Afip, órgão equivalente à Receita Federal. No Brasil, essa taxa é de 6%.
De acordo com a resolução, a mesma taxa, de 20%, será aplicada à compra de pacotes turísticos e passagens aéreas, segundo o diretor da Afip, Ricardo Etchegaray, que, no final do ano passado, em anúncio de outras medidas para retenção de dólares, havia afirmado que o intuito era “fazer com que os argentinos passem o verão na Argentina”, segundo o diário El Clarín. As medidas provocaram disparada no valor do dólar no país, que já havia coibido a compra de moeda estrangeira pelos cidadãos.
O presidente da Embratur, Flávio Dino, enviou ao Ministério do Turismo e ao Ministério das Relações Exteriores proposta de pedir ao governo da Argentina para que suspenda, pelo menos durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a taxa adicional de 20% sobre as passagens e pacotes turísticos ao Brasil. O objetivo, segundo a Embratur, é garantir a vinda de turistas interessados em acompanhar a visita do papa à América Latina. Em julho, o papa Francisco deve participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro.
fonte: www.panrotas.com.br
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