Construído em 1967, o Aeroporto de Teresina Senador Petrônio Portela já não suporta mais a demanda de passageiros e até de aeronaves. A cada dia a situação só piora. Obras pequenas de ampliação estão sendo feitas, mas logo ficam obsoletas por conta da limitação de crescimento do local e o constante aumento da demanda. O aeroporto da capital é cercado por residências. Fora isso, existe o risco de acidentes, o que traria conseqüências inimagináveis.
Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscom), a construção do aeroporto até então na longínqua zona Norte causa sérios problemas de verticalização em Teresina. "Nosso aeroporto foi construído em 1967, num local, cremos, não apropriado tecnicamente, pois a cota do aeroporto é muito baixa. Soma-se a isto o fato de que na época a zona norte era tida como afastada. Hoje, o local tornou-se muito dentro da cidade, nobilíssimo, gerando assim sérios problemas na verticali-zação da capital e muita poluição sonora. Ressaltamos também que a área deixada para ampliação do aeroporto foi muito pequena", explica André Bahia, presidente do Sinduscon.
Outra questão, segundo o presidente, é que as estimativas para o número de passageiros por ano não se confirmaram. "Houve uma verdadeira explosão de passageiros. Não estávamos preparados para isto", lembra,
De acordo com André Bahia, o aeroporto de Teresina possuí fortes limitações, inclusive para que sejam colocados novos voos. "Soube esta semana, nos bastidores, que só por conta dos projetos na área de gás natural que estão em fase embrionária, o número de pousos e decolagens de aeronaves de pequeno porte subiu vertiginosamente. Já imaginou quando performarmos o que promete vir na área energética, mineral e produção agrícola. Será o caos. Assim, avaliamos a situação atual de nosso aeroporto como extremamente deficitária. As consequências negativas poderão ser nefastas", alerta.
O presidente conta que existe a possibilidade de uma ampliação significativa, já que as obras recentes não foram suficientes. "Tivemos audiência com Superintendente da In-fraero, Wilson Estrela. Ele nos mostrou ótimas possibilidades. Seria uma solução de médio prazo. As ampliações recentes não foram suficientes com certeza. A sociedade tem pago um preço alto", destaca.
Uma reforma significativa do Petrônio Portela implicaria em desapropriações de casas o que, na opinião de André Bahia, assunto que precisa ser tratado com cautela. "Defendemos o mínimo possível de desapropriações. E ainda assim muito bem estudada e debatida com as pessoas. Sempre olhando para o bem comum e maior de nossa amada Teresina", afirma.
fonte: www.diariodopovo-pi.com.br
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