A TAM pretende demitir até mil empregados como tentativa para contornar as pressões de custos provocadas pela alta do dólar e do combustível.
O anúncio foi feito após a reunião da empresa com o Sindicato Nacional dos Aeronautas nesta terça-feira (30).
O ajuste ocorrerá sobretudo na tripulação (pilotos, copilotos e comissários). A empresa tem hoje 29.500 funcionários.
Em comunicado, a companhia explica que o ajuste é consequência da redução da oferta de voos em 12% para fazer frente ao impacto dos custos. A mudança, diz, vai adequar o quadro de funcionários à já reduzida operação em vigor e não afetará os voos programados.
Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress | ||
Funcionários da TAM protestam no aeroporto de Congonhas (SP) contra demissões na companhia |
Depois de uma década de forte expansão, o setor aéreo passa por dificuldades, já que a demanda não cresce na mesma velocidade que a de anos anteriores. Além disso, devido aos custos em moeda estrangeira, as companhias áreas foram fortemente impactadas pela recente alta do câmbio.
Uma solução buscada pelas aéreas foi reduzir a oferta, com o intuito de aumentar a taxa de ocupação (proporção de assentos com passageiros) dos voos e reduzir os prejuízos que, em 2012, foi de R$ 1,2 bilhão, crescimento de 272% em relação ao ano anterior.
PROTESTO
Cerca de 300 tripulantes da Tam, segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas, fizeram protesto no aeroporto de Congonhas cerca de 15h30 contra as demissões da empresa e pedindo medidas do governo para o setor.
Em reunião com o Sindicato Nacional dos Aeronautas, a empresa se comprometeu com um plano para reduzir o impacto das demissões, segundo o presidente Marcelo Ceriotti.
O mais provável é que seja organizado um programa de demissão voluntária.
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Ceriotti acredita que quem for demitido não conseguirá outra colocação no mercado brasileiro, já que o setor aéreo do país se encontra em retração.
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Ceriotti acredita que quem for demitido não conseguirá outra colocação no mercado brasileiro, já que o setor aéreo do país se encontra em retração.
"É uma mão de obra muito qualificada que não consegue encontrar emprego no mercado nacional", afirma. Segundo ele, o sindicato está em contato com empresas estrangeiras para mediar processo seletivos em outros países.
fonte: www.uol.com.br
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