A empresa aérea Gol descartou repassar a alta do dólar para os preços das passagens, mas ressaltou que poderá ampliar a redução de oferta de voos domésticos para fazer frente ao aumento dos custos, segundo seu presidente, Paulo Kakinoff.
"A apreciação do dólar tem um efeito bastante intenso nos nossos custos, e evidentemente, o atual nível de atividade econômica não permite um repasse desses custos para os preços", disse nesta quinta-feira, durante coletiva de imprensa.
Ele ressaltou que a empresa ainda não tem condições de dimensionar quais serão os impactos e as consequências porque ainda não sabe qual será o patamar de estabilização do câmbio.
A Gol já vem reduzindo sua oferta de voos domésticos desde 2011, em meio ao aumento nos preços do combustível de aviação, agora agravado pela apreciação do dólar. A meta da empresa é reduzir sua capacidade em 9 por cento neste ano.
Segundo Kakinoff, a Gol definirá possíveis medidas de adequação do tamanho da sua malha quando souber qual será o patamar de estabilização do câmbio.
"Cada uma das rotas tem estruturas de custos diferentes e o dólar tem impactos distintos na margem operacional de cada (malha), fazendo com que determinados voos deixem de ser economicamente sustentáveis", disse.
As declarações da Gol seguem os comentários feitos pela rival TAM no início da semana, de que a valorização da moeda norte-americana poderia levar a novos cortes de oferta ou, no caso da empresa da Latam Airlines, a aumento nos preços.
Durante a coletiva com a presença do presidente da Delta Air Lines, Edward Bastian, a Gol afirmou que o acordo de compartilhamento de voos entre as duas empresas representou 1 ponto percentual de receita adicional para a companhia brasileira no segundo trimestre.
As empresas realizaram um acordo para o compartilhamento de voos em 2011, que incluiu também um aporte de 100 milhões de dólares da Delta na Gol, com a empresa norte-americana passando a deter uma participação na brasileira.
Segundo Bastian, a Delta não pretende elevar sua participação na Gol. "Não há planos no momento de aumentar a participação. Entendemos as dificuldades econômicas. Elas são regionais e não específicas da Gol. Nós somos um investidor de longo prazo aqui", disse.
fonte: www.uol.com.br
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