As empresas estão "fazendo a lição de casa" ao cortar custos enquanto são pressionadas pelo aumento das despesas, diz Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, associação que reúne TAM, Gol, Azul e Avianca --que, juntas, têm 94% do mercado doméstico.
Entre as dificuldades que o setor enfrenta, afirma, estão a alta do dólar, que está "de 15% a 18% mais caro e que impacta em 65% nos custos".
Outro problema, afirma, é a incidência de impostos. Para atingir meta de transportar 200 milhões de passageiros por ano em 2020, a associação quer a unificação do ICMS cobrado pelos Estados e a revisão da política de preços da Petrobras.
Embora 75% do combustível que abastece os aviões seja produzido no Brasil, a estatal define o preço com base na cotação do barril no golfo do México e cobra 100% pelo frete de importação.
A Abear pediu ao governo alteração nesses dois itens, mas a revisão é vista como improvável de ocorrer.
A alíquota que o setor paga é a mesma de quando levava 25 milhões de passageiros por ano, diz Sanovicz. Mas a aviação virou transporte de massa, afirma, sem redução de impostos à altura.
Para o dirigente, a discrepância afeta em cheio o turismo interno: ir para Buenos Aires é mais barato do que ir para o Nordeste. Isso porque não há cobrança de alguns impostos em voos para fora.
EMPRESAS
Sobre ter desligado o ar condicionado, a TAM informou tratar-se de um "ajuste comum, em linha com as recomendações do fabricante da aeronave e de acordo com as práticas do setor". O objetivo é "melhorar a eficiência", "sem prejuízo à segurança e ao conforto dos clientes".
O avião tem dois sistemas de ar condicionado. Quando um é desligado, como ocorre com o avião no chão, o que resta "distribui uniformemente o ar pela aeronave".
Retirar os fornos é "parte de uma readequação das aeronaves à nova proposta do serviço de bordo", que mudou para atender os clientes.
A empresa diz que, assim como outras companhias aéreas no mundo, tem se esforçado "para tornar suas operações mais eficientes e ecologicamente responsáveis".
A Gol afirma que a redução de quantidade de água nos banheiros é dimensionada para não afetar passageiros.
Diz ainda que toma 19 medidas para diminuir o consumo de combustível, entre elas o bônus para os pilotos. Afirma ainda que, para reduzir o peso do avião (que resulta em economia de combustível), os aviões mais novos virão com poltronas mais leves.
A Azul diz que sua política de desligar um dos comandos do ar condicionado enquanto o avião está parado no gate e com as portas abertas não impacta no conforto.
fonte: http://www1.folha.uol.com.br
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