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POR QUE IR?
O litoral norte da Bahia é desses lugares que aparecem em todas as listas “tem-que-visitar”. Nesta, não seria diferente: esse trecho pede mesmo dias de contemplação. A viagem pela região, conhecida como Linha Verde – começa em Salvador e vai até Mangue Seco, praia que faz divisa com Sergipe –, é brindada pela onipresença de coqueiros – não à toa, o trecho entre a capital e a Praia do Forte é chamado de Estrada do Coco. Os coqueirais são companheiros fiéis até o fim do trajeto, mas as dunas, os resquícios de Mata Atlântica, os bichos-preguiça que passeiam de galho em galho à beira da rodovia e a imensidão do mar também fazem os olhos esquecerem o cinza metálico das cidades grandes. Conforme os quilômetros avançam – entre Salvador e Mangue Seco são cerca de 230 –, as praias ficam mais rústicas, desertas e melhores. Em Itacimirim, veja o Sol cair de mansinho no mar e pintar o céu de laranja.
PARA CHEGAR LÁ
• Quem sai de Salvador deve seguir pela Estrada do Coco, como a BA-099 é conhecida. Ela começa na divisa da capital com o município de Lauro de Freitas e, depois da Praia do Forte, ganha o nome de Linha Verde.
• A Praia do Forte é a mais famosa do trajeto. Badalada, vale a pena passear pela areia branca e por suas simpáticas ruelas. À tardinha, ao lado da igreja, trançadeiras vendem artesanato típico, feito de palha de piaçaba.
• Distante quase 95 quilômetros de Salvador fica Massarandupió. De um lado, é reservada aos nudistas, de outro, acolhe os pescadores que jogam bola e os turistas atrás de Sol quente e mar calmo.
2. Farta natureza e cultura simples: Chapada Diamantina, Bahia. Valdemir Cunha |
POR QUE IR?
O Maciço do Espinhaço é uma enorme cordilheira que surgiu há milhões de anos quando duas placas tectônicas se chocaram. Hoje é a região que abriga a Chapada Diamantina, esculpida pela água e pelo vento e decorada pela caatinga e pelo cerrado. Passear pelas estradas BR 242, BA 142 e BA 148, que cortam os vales e povoados que contornam a Chapada, é embriagar-se com a natureza e uma cultura ainda simples e encantadora. Os primeiros habitantes exploraram a Chapada no século 17, atrás de ouro e pedras preciosas. Marcas dessa época estão na arquitetura das cidades que contornam o lugar. Rio de Contas e Lençóis, por exemplo, têm casarios que levam a uma viagem no tempo. Para descansar, não é preciso ir rodar quilômetros: sempre tem uma cachoeira por perto para um banho revigorante.
PARA CHEGAR LÁ
• A distância entre Lençóis, a cidade com mais infraestrutura na Chapada Diamantina, e Salvador é de 420 quilômetros. A BR 242 é asfaltada e une os dois municípios. Já a BA 142 e a BA 148 são de chão batido, passam pelas vilas e fazem a volta na Chapada.
• Entre os meses de abril e setembro, o clima fica mais estável e chove pouco.
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POR QUE IR?
Mal a curva acabou e uma capivara preguiçosa cruza o caminho. Mais à frente, o curioso jacaré observa o movimento e pássaros despreocupados sobrevoam otrajeto de terra quase deserto. Pois é assim que o dia passa na mítica Transpantaneira, a estrada que liga a cidade de Poconé, uma das portas de entrada para o Pantanal Norte, no estado de Mato Grosso, a Porto Jofre, na margem do rio Cuiabá. É a chuva quem dita a paisagem e o ritmo da viagem. Na época da seca, osanimais passeiam à vontade nos campos verdes e fazendas de gado. Quando a temporada das águas começa, bichos e homens dividem estreitas faixas de terra. Mas, não importa a estação, cruzar as mais de 120 pontes do trecho é mergulhar num Brasil repleto de particularidades.
PARA CHEGAR LÁ
• Como a Transpantaneira é de terra coberta por cascalhos, e pode estar molhada em qualquer dia, o ideal é percorrê-la com um veículo 4x4.
• O período entre maio e setembro, quando está seco, é o melhor para observar a fauna do Pantanal. Há boa infraestrutura hoteleira, como hotéis-fazendas na margem da rodovia.
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POR QUE IR?
Uma semana é suficiente para se encantar com a Rota das Falésias, percurso que sai de Fortaleza e chega em Icapuí, no litoral cearense. Atravessar vilarejos comoAracati, Aquiraz e Cascavel ajuda a entender por que o estado é um destino cobiçado. Nessa região, o mar brilha de tão azul e as falésias, paredões de metros e metros de altura, desenham as pequenas praias e formam uma paisagem difícil de esquecer. Enquanto Aracati guarda a bela praia de Canoa Quebrada; Aquiraz, a primeira capital do Ceará, exibe o famosoBeach Park; e Beberibe tem areias coloridas, matéria-prima das cobiçadas garrafinhas decoradas. Mas o passeio não é repleto apenas de deliciosos banhos de mar: pausas em fazendas de queijos,cachaça e rapadura levam a um mergulho nas tradições locais.
PARA CHEGAR LÁ
• Há voos das principais capitais brasileiras para Fortaleza. Desembarcando na cidade, o rumo é a Costa do Sol Nascente.
• No Ceará, é verão quase todos os dias e os termômetros marcam mais de 25ºC. Nesse litoral, além do sol, os ventos são constantes e ideais para praticar windsurf e kitesurf.
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POR QUE IR?A subida é longa e íngreme e a impressão é de que não vai acabar jamais. Mas, quanto mais se sobe, mais bonita fica a estrada que serpenteia a Serra do Rio do Rastro. Lá embaixo, as casas diminuem enquanto o vale cresce (e cresce) e a cada curva a paisagem muda. Sim, não faltam curvas na serra pontuada pelo verde marcante da vegetação e por onde os tropeiros, no início do século, transportavam mercadorias que seriam comercializadas no litoral. À noite, a rodovia também é magnífica: ailuminação de ponta a ponta faz brilhar os paredões rochosos. No fim da rota, ummirante, a 1.460 metros de altitude, está bem localizado: para admirar a vastidão na companhia de quatis brincalhões, que gostam de roubar os alimentos dos visitantes.
PARA CHEGAR LÁ
• A Estrada do Rio do Rastro é a SC-438, que liga o litoral a Bom Jardim da Serra e tem apenas 12 quilômetros. Apesar de curta, não é um caminho para se fazer com pressa: reserve pelo menos uma hora para percorrê-la calmamente, com visitas aos mirantes.
• Como fica próxima do mar, é comum a neblina cobrir a serra. Por isso, cheque a previsão do tempo antes de partir estrada acima.
Roberto Seba |
POR QUE IR?Ainda era o século 17, na época da exploração do ouro, quando desbravadores percorriam a trilha de chão batido que ligava o porto de Paraty ao antigo povoado de Vila Rica (Ouro Preto). Porém, logo a Coroa abriu outro trajeto até o porto do Rio de Janeiro, para garantir que as pedras preciosas chegassem “seguras” ao seu destino. Hoje em dia, os reis, as rebeliões e o ouro não existem mais, mas os percursos continuam lá e formam a Estrada Real, um complexo repleto de história, e de aventura. Se os vilarejos guardam lembranças desse tempo, o Parque Nacional Serra do Cipó, abrigado no Caminho dos Diamantes, tem cachoeiras e paredões de sobra para fazerrafting, canoagem, trekking, mountain bike e escaladas. História com adrenalina!
PARA CHEGAR LÁ
• Antes de seguir rumo à Estrada Real, é preciso escolher qual caminho irá percorrer. Os sitesEstrada Real e ER têm boas e importantes informações sobre a região, como agências que ajudam a organizar a temporada mineira. O mais bacana, porém, são os mapas: estão todos lá, bem explicados, com distância, níveis de dificuldade e fotos.
Jaime Borquez |
POR QUE IR?
Ao entrar na Rio-Santos, nome carinhoso das estradas SP-055 e BR-101, o oceano Atlântico e a Serra do Mar confirmam a magnitude da natureza – fica difícil até mesmo saber para onde olhar. No trecho entre Santos, ainda no litoral sul paulista, e Ubatuba, a cidade que guarda areias para todos os gostos, não faltam vistas panorâmicas escondidas depois de curvas fechadas. Entre o sobe e desce do caminho, o mar sorrateiro ora quebra forte, e faz a fartura de ondas para os surfistas, ora dócil, especial para mergulhos longos. Depois, quando a SP-055 vira BR-101, é a vez de o litoral fluminense chamar a atenção. A charmosa Paraty está bem ali, repleta de casarões antigos e cafés com mesinhas na calçada, para uma pausa descontraída antes de continuar a viagem.
PARA CHEGAR LÁ
• Se você é apaixonado por adrenalina e está acostumado a pedalar na estrada, vale a pena fazer pelo menos um trecho da Rio-Santos de bicicleta. Sinuosa e repleta de morros, pede preparo físico, mas tem bons pontos de parada para descansar.
fonte: http://viagemecia.uol.com.br
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