A Azul decidiu submeter novamente à votação a proposta de integração dos tripulantes de Azul e Trip, rejeitada semana passada em assembleia pelos trabalhadores das duas empresas.
Porém, para evitar uma terceira recusa, a estratégia desta vez será a de submeter a proposta exclusivamente aos tripulantes da Trip. “Não preciso fazer votação com os tripulantes da Azul pois para eles não muda nada”, disse o fundador e presidente do conselho de administração da Azul, David Neeleman.
Se a proposta for aprovada, a empresa segue seu planos de integração e que culminará no fim da marca Trip. As duas companhias anunciaram uma fusão em maio de 2012. A operação já foi aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e também pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Se a proposta for novamente rejeitada, isso apenas tornará mais lento o fim da Trip. Mas a empresa continuará sendo gradualmente reduzida, até desaparecer. ”Começamos com os jatos, que serão todos transferidos pra Azul, e a Trip vai ficar com os ATRs (turboelices).”
Na medida em que a frota atual da Trip for sendo devolvida ou substituída, o avião novo irá para a Azul – em um processo que já vem acontecendo.
ENTENDA A DISPUTA
Os tripulantes da Trip ganham variáveis salariais com base em quilômetros voados, enquanto os da Azul recebem por hora voada. Do ponto de vista da empresa, eh mais vantajoso pagar por quilômetro se o equipamento é mais lento, caso do turboélice. E por hora no caso de jatos.
Os tripulantes da Azul, que na maioria voam jatos da Embraer, viam na integração Azul-Trip uma chance de melhorarem suas remunerações, desde que fossem adotadas para todos as regras salariais e de benefícios da Trip.
Questionado sobre a reclamação de baixos salários por parte de tripulantes da Azul, Neeleman disse que a empresa paga de forma “competitiva” com o mercado. “Nossos aviões são menores.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário