Em recentes matérias publicadas nos portais do Piauí destacando a crise financeira vivida pelo Parque Nacional Serra da Capivara, na região de São Raimundo Nonato (525 km de Teresina), houveram uma série de equívocos ao misturar recursos específicos para as obras da transposição do Rio São Francisco com as verbas destinadas para a manutenção da reserve ambiental que enfrenta problemas devido a falta de recursos.
Em resposta, a Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM), explicou que não pode deslocar verbas liberadas, por exemplo, para o resgate arqueológico e paleontológico nas obras da transposição do Rio São Francisco nos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, para aplicar na manutenção da estrutura do Parque Nacional Serra da Capivara.
"Os recursos que a FUMDHAM recebe do Ministério da Integração Nacional são específicos para aplicação nas obras da transposição e não podem, em nenhuma hipótese, serem deslocados para o Piauí", explicou a pesquisadora Niéde Guidon. Por outro lado, grande parte dos funcionários, técnicos e pesquisadores que trabalham nas obras da transposição, são oriundos do Piauí, parte deles formados pela instituição científica que tem quase 40 anos de experiência.
Além disso, o acervo coletado nas pesquisas realizadas nos quarto estados onde as obras da transposição estão sendo executadas, estão sendo analisados e armazenados nos laboratórios da FUMDHAM na cidade de São Raimundo Nonato, gerando emprego e renda para os funcionários da instituição que vivem ou trabalham no Piauí.
Já para a manutenção da estrutura do Parque Nacional Serra da Capivara, a FUMDHAM explica que conta com o apoio da Petrobras, do IPHAN, do ICMBio e de outros parceiros governamentais e não governamentais. O problema é que esses recursos não são suficientes para a estrutura de primeira linha que foi montada no parque piauiense e nem tem a sua liberação feita de forma regular, o que todo ano acaba criando uma crise financeira.
Dessa forma, a FUMDHAM não pode deslocar verbas que são destinadas para as obras da transposição do Rio São Francisco e aplicá-las no Piauí através do Parque Nacional Serra da Capivara, "isso sim seria uma irregularidade" diz Niéde. Ao contrário, a FUMDHAM necessita do apoio do Governo Federal através dos seus órgãos específicos para tratar da questão de um parque nacional, caso do Ministério do Meio Ambiente através do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Outro equívoco publicado pelas matérias diz respeito a suposta falta de prestação de contas da FUMDHAM com os órgãos públicos. Ao contrário disso, a instituição goza de amplo prestígio e credibilidade junto ao Governo Federal e, por isso mesmo, foi a escolhida para coordenar os trabalhos científicos nas obras da transposição, o que vem fazendo de forma profissional, gerando emprego e renda, e garantindo que a FUMDHAM, uma ONG criada e com sede no Piauí, tenha estrutura e capacidade para gerenciar obras como as da transposição.
No sentido de esclarecer qualquer outra dúvida, a direção da FUMDHAM explica que no site do SICONV (www.convenios.gov.br/portal/) estão disponíveis todas as contas das obras da transposição e os convênios com o Parque Nacional Serra da Capivara e que elas podem ser consultadas livremente a qualquer hora ou dia do ano.
Para finalizar, a FUMDHAM reitera que continua tendo problemas para manter a estrutura no Parque Nacional Serra da Capivara e que cerca de 100 funcionários estão de aviso prévio pois até agora a instituição não recebeu os recursos necessários para manutenção do parque nacional que fica no território piauiense.
fonte: http://www.portalsrn.com.br/
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