Os parques nacionais de Sete Cidades e de Serra das Confusões, no Piauí, estão no mesmo pacote de privatização de Jericoacoara e Ubajara, no Ceará, informa a diretora do Parque Nacional Sete Cidades, Elisabete Hulgado Holanda.
Segundo a gestora, a empresa de consultoria contratada pelos Ministérios do Meio Ambiente e do Planejamento e Orçamento para preparar a licitação dos serviços que poderão ser prestados por essas empresas terceirizadas está concluindo o estudo de viabilidade econômica.
De acordo com Elisabete, Sete Cidades tem 6.300 hectares e uma visitação média baixa de 2 mil pessoas por mês. O hotel que existia na região está fechado há quase dois anos porque a empresa que o explorava faliu, e ninguém mais se interessou pelo empreendimento.
— Temos cachoeira com queda d’água de 17 metros, piscinas naturais, o parque é local de passagem de onça. Com a exploração do hotel, do restaurante, da lanchonete e, no futuro, da produção de peças artesanais, é possível melhorar a conservação e atrair mais turistas — defende.
Dois empresários do setor de turismo de Piripiri, um dos municípios que abriga o Parque Nacional de Sete Cidades, procuraram o Instituto Chico Mendes (ICMBio) recentemente interessados em assumir os serviços de restaurante, lanchonete e hotel, mas foram informados de que o edital da parceria público-privada (PPP) será nacional.
Karla Selma, do ICMBio, conta que dos parques que integram o pacote de espaços a serem administrados por PPP, o de Jericoacoara é o que está em fase mais avançada.
Mas, em Serra das Confusões, organizações italianas já treinam moradores do entorno do parque para que produzam peças artesanais e camisetas que sirvam de souvenir aos futuros visitantes. A ideia é que os trabalhos artesanais e de cerâmica gerem renda aos habitantes da região para que eles não tenham que recorrer à caça no parque.
Serra das Confusões tem 823.843 hectares e se estende pelos municípios de Alvorada do Gurgueia, Bom Jesus, Brejo do Piauí, Canto do Buriti, Caracol, Cristino Castro, Curimatá, Guaribas, Jurema, Redenção do Gurgueia, Santa Luz e Tamboril do Piauí.
Karla Selma afirmou que só recentemente o local ganhou guarita e um centro de visitantes. Também não tem hotel, pousada, restaurante nem lanchonetes.
— É um parque com grande potencial, mas com pouca visitação até porque, há pouco tempo, ainda não estava preparado para ter visitantes. Nos municípios da região não existem hotéis e pousadas. A ideia é que uma empresa privada possa organizar mais no parque e ofereça infraestrutura para os visitantes e ajudar na conservação e qualificação, mas o processo ainda está no começo.
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