Reunião no Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural nesta quinta-feira, dia 15 de maio, na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), celebrou o registro como Patrimônio Cultural Brasileiro da Produção Tradicional e Práticas Socioculturais Associadas à Cajuína no Piauí. Mais do que uma simples bebida, a tradicional Cajuína simboliza a hospitalidade e os laços existentes entre as famílias produtoras.
O pedido de registro foi apresentado pela Cooperativa de Produtores de Cajuína do Piauí (CAJUESPI). O modo de fazer e as práticas socioculturais associadas à cajuína são bens culturais que surgem junto com os rituais de hospitalidade das famílias proprietárias de terras no Piauí.
O presidente da cooperativa, Lenildo Lima, participou da reunião e ficou bastante emocionado. "Creio que mais pessoas vão querer conhecer a cajuína, além de garantir investimentos federais e estaduais no fomento a cadeia produtiva", declarou.
No Piauí, mais de 20 mil produtores estão envolvidos direta e indiretamente na produção de cajuína. Somente na região de Picos, segundo o presidente, são mais de 9.400 pessoas com carteira assinada nesta atividade. A Cajuespi, criada em 2005, reúne 120 produtores e produziu, no ano passado, 900 mil garrafas de cajuína, quase 80% para o comércio local. O maior comprador da bebida é o estado de São Paulo.
Os produtores lutam, agora, para receber o IG, um selo de qualidade que vai valorizar os produtos e fortalecer a cadeia produtiva da cajucultura. "Já avançamos muito mas ainda temos alguns desafios, como a redução dos custos de insumos e fretes, maior divulgação, registro do Ministério da Agricultura e incentivo fiscal", declarou.
fonte: http://180graus.com/
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