A TAM vai acabar com a primeira classe em seus voos para EUA, Europa e México a partir do dia 1º de novembro. A partir de hoje, a companhia deixou de vender passagens na classe, mas para os clientes que já compraram, o serviço será oferecido normalmente até 31 de outubro.A companhia pretende investir em sua classe executiva, oferecendo um serviço “premium”, com em assentos-cama de até 2,13 metros.
A informação foi divulgada hoje pelo portal UOL. De acordo com a publicação, a companhia brasileira também vai criar um chefe de comissários para organizar o serviço de bordo, como se fosse um maître de um restaurante. A companhia registrou prejuízo de R$ 1,44 bilhão no ano passado, apesar de parte deste montante ser derivado do repasse de 13 aeronaves à Latam.
De acordo com entrevista do vice-presidente de Marketing da TAM, Jerome Cadier ao UOL, a proposta é oferecer mais conforto na classe executiva, como uma “business premium”: “Vamos conseguir oferecer um serviço melhor para entre 36 e 54 pessoas, que estão voando de executiva, em vez de oferecer algo extremamente exclusivo, quase hedonista, para três ou quatro que estão na primeira classe.”
Atualmente, os voos de longa distância da TAM são feitos com três diferentes aeronaves: Boeing 777, Boeing 767 e Airbus A330. Com a mudança, dez Boeing 777 precisarão ser adaptados, com a retirada da primeira classe e a troca dos atuais assentos da executiva pelos assentos-cama que, quando reclinados, chegam a 2,13 metros.
O primeiro 777 modificado começa a operar com a nova configuração em 1º de novembro, e a expectativa é que o último esteja pronto em junho do ano que vem. O número de passageiros que cabem na classe executiva continuará igual: 56.
Os seis Boeing 767 já operam, desde julho de 2013, apenas com as classes econômica e executiva; na executiva, os assentos têm 1,81 metro.
A matéria do UOL revela que a TAM não vai adaptar os A330, que continuarão com assentos atuais na classe executiva. Segundo Cadier, a ideia é substitui-los pelos modelos 777 e 767, e apenas dois devem estar voando em meados de 2015.
O preço das passagens não deve ser afetado, segundo o executivo. Ele afirma, no entanto, que a companhia ainda terá que avaliar na prática os efeitos dessa alteração. “Essa é uma informação que a gente vai ter que entender na medida em que o serviço for lançado e que a gente for operando.”
A alteração também não deve reduzir os custos da empresa. “O objetivo não era reduzir custo, ou aumentar preço, mas ter um produto melhor com o mesmo avião e tripulação”, diz. A empresa não revela valores, apenas indica que a adaptação das aeronaves deve custar “dezenas de milhões de dólares”.
Maitre
A TAM também vai criar uma nova posição entre os comissários para melhorar a qualidade e a velocidade do serviço. Também a partir de 1º de novembro, começa a existir o chefe de serviço de bordo.
A ideia é que esse funcionário fique menos ocupado com o operacional, e possa supervisionar os serviços. “Num restaurante, por exemplo, quando você tenta chamar o garçom e não consegue, a sensação é horrível. Isso acontece porque não tem alguém olhando para o salão”, diz Cadier.
“Ele vai passear pela cabine constantemente, garantindo o treinamento das pessoas, a consistência do serviço; é como se alguém estivesse fazendo o sobrevoo do que está acontecendo na cabine sem estar ocupado com o operacional, tanto na executiva quanto na econômica”, afirma.
Ao que parece, a Latam pretende apostar suas fichas na classe executiva, oferecendo um serviço que a diferencie das concorrentes nas rotas para Estados Unidos e Europa, a fim de reduzir o prejuízo da TAM e tirar a companhia do vermelho.
Leia a matéria completa no site do BOL.
fonte: www.melhoresdestinos.com.br
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