terça-feira, 13 de maio de 2014

Tombamento de patrimônios culturais do Piauí será discutido em Brasília

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que avalia nacionalmente os processos de tombamento e registro, estará reunido, nesta quinta-feira (15), na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília, para discutir, entre outras pautas, a continuidade da Rede de Patrimônio no Piauí, onde será avaliado o registro da Cajuína e o tombamento de antigas fazendas nacionais do Estado, como a Fábrica de Laticínios, em Campinas do Piauí, e o Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, em Floriano.
O Iphan propõe o tombamento conjunto do Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara e da Fábrica de Laticínios, porque ambos decorrem das antigas Fazendas Nacionais do Piauí que, originalmente, eram grandes extensões de terras doadas aos primeiros desbravadores, no Brasil Colônia.
A proposta de tombamento está relacionada com o processo de ocupação decorrente da utilização das Fazendas Nacionais a partir de projetos de aproveitamento da mão de obra remanescente da escravidão. As fazendas são exemplos emblemáticos do patrimônio edificado no Brasil entre o final do século XIX e começo do XX, tanto da arquitetura tradicional piauiense, que se utiliza de materiais e técnicas locais, quanto da arquitetura industrial implantada no interior do país em pleno século XIX.
Conselho Consultivo do Patrimônio CulturalO Conselho, que avalia os processos de tombamento e registro, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia.
Ao todo, são 23 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.

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