quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Norte de Aruba impressiona com paisagens desérticas recortadas pelo mar

Um passeio mais atento longe da orla de Aruba logo revela a face desértica da ilha. A paisagem árida, repleta de cactos e solo seco fica ainda mais evidente no norte, que preserva formações naturais e um pouco da história da ilha.
Na região, que lembra a caatinga brasileira, os terrenos rochosos são banhados pelo mar, muito mais agitado ali.
Um dos destaques da paisagem é a Natural Bright, uma ponte esculpida pela ação da água na rocha. Ela já chegou a medir 30 metros de comprimento e foi uma das maiores do mundo. Com muito cuidado, ainda hoje é possível andar pela ponte e ver uma arrebentação forte, pequenas praias -- procuradas principalmente por surfistas, e o mar aberto. 
A poucos minutos da Natural Bright estão as ruínas de uma construção colonial da mina de Bushiribana. O metal foi descoberto na ilha em 1824 e explorado por 90 anos pela Holanda, que colonizou a ilha.
Celina Cardoso/UOL
A Natural Bright já foi a maior ponte natural do mundo
Quando se olha ao redor, vê-se um jardim de pedrinhas amontoadas. Segundo uma lenda local, deve-se empilhar o primeiro número de pedrinhas que vier à cabeça e fazer um desejo. Se esta torre não desmoronar, significa que o pedido será realizado.
A noroeste e a oeste estão outros dois pontos importantes para a história de Aruba: a capela Alto Vista e o farol Califórnia.
Datada de 1750, a capela é um local querido pelos habitantes de Aruba, cuja maioria é católica. Construída em madeira pelos nativos da ilha a mando de exploradores espanhóis, os primeiros europeus a chegarem à ilha, ela foi reformada em 1952. Seu interior é muito pequeno e bonito. Do lado de fora há bancos de concreto para celebrações ao ar livre.
Já o farol Califórnia fica bem na ponta oeste de Aruba e tem esse nome para homenagear o último navio que se chocou com a ilha. Construído entre 1914 e 1916, ele não está mais em funcionamento: é hoje apenas um ponto turístico.
Próximo do farol há um pequeno mirante, de onde se vê as praias do sudoeste da ilha. Uma boa opção é terminar o passeio em uma delas: a Arashi. A dica é levar água e comida porque não é sempre que há comerciantes por ali.
O tour pelo norte da ilha pode ser feito alugando um quadricicloÉ comum ver pessoas caminhando ou pedalando por ali também. Mas isso é feito bem cedo, por causa do forte calor, e por quem já tem algum preparo físico.
Outra opção é comprar um passeio em uma das agências locais. Elas oferecem dois roteiros: um que dura a manhã toda e outro mais completo, que inclui almoço e visita ao Parque Nacional Ariok e à praia de Baby Beach.

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