Olhando do alto, o encontro do rio Parnaíba com o Oceano Atlântico parece um quebra-cabeça gigante, onde cada uma das 85 ilhas é uma das pecinhas. Este é o Delta do Parnaíba. O nome é uma referência a letra grega que lembra o formato da foz do rio. O Delta do Parnaíba é o único das Américas em mar aberto. Igual a esse você só vai encontrar na foz do rio Nilo, na África, ou na foz do rio Mekong, na Ásia”, explica Moraes Brito, guia turístico. A região é aberta aos turistas, mas para chegar lá, só mesmo com guias. Os passeios são combinados no Porto das Barcas, ainda na cidade de Parnaíba, a 320 quilômetros da capital, Teresina.
Até a entrada para o Delta em Porto dos Tatus, município de Ilha Grande, o visitante vai de carro. Depois são duas opções: em grandes grupos de barco ou de lancha. A viagem segue pelo rio Parnaíba, o segundo maior do nordeste. Em um determinado ponto, troca a lancha pela canoa. A embarcação menor permite que o turista entre nos manguezais e tenha um contato mais próximo com a natureza.
No caminho, uma cobra cipó, o pica-pau do mato e um grupo de macacos-guaribas. Os bichos dividem espaço com o catador de caranguejo que usa a lama do mangue como repelente natural. “Aqui, por semana, a gente chega a capturar 40 mil cordas de caranguejo. Cada corda tem quatro unidades”, diz Antônio Santos, pescador.
São duas horas de passeio entre o porto até a foz do rio Parnaíba. A Ilha dos Poldros fica na divisa do Piauí com o Maranhão. O rio e o mar se encontram e parecem divididos por uma linha natural. O almoço é na embarcação e o prato principal é peixe. “Robalo, pescado aqui mesmo na foz do rio Parnaíba, é um peixe típico. Além do robalo nós temos também, em abundancia a pescada amarela”, conta Luciano Oliveira, guia turístico.
Quem quiser ficar mais de um dia tem a opção de pequenas pousadas na região. A diária custa em média R$ 100. Na hora de ir embora o barco para e o turista se despede do Delta com uma caminhada pelas dunas de quase quarenta metros de altura. No final da viagem, uma degustação de caranguejo. “Agora, vai ser difícil voltar pra casa e me acostumar com o barulho de lá”, revela Michele Valéria, professora.
fonte:http://www.tvcanal13.com/?p=24161
Ismailon Moraes
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