A escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016 já provoca efeitos no ramo turístico e hoteleiro. É o que afirma Alfredo Lopes, presidente da Associação Brasileira de Indústria Hoteleira (ABIH), em entrevista ao Jornal Extra. Segundo ele, a rede hoteleira deve fechar esse ano com uma taxa de ocupação média de 75% a 76% ao ano. A média histórica anual vem variando entre 65% e 68%.
A prefeitura estima serem necessários no mínimo mais de oito mil quartos no Rio até 2016. A construção de novas unidades deverá ter incentivos fiscais e urbanísticos da prefeitura. Esta semana o prefeito do Rio, Eduardo Paes, apresentou à Câmara dos Vereadores um pacote de projetos propondo isenções tributárias e liberando a construção de empreendimentos até 2015 em vários pontos que não eram permitidos, como ruas internas de Copacabana e Leme.
Em entrevista ao Jornal Extra, o prefeito afirma: "É um turismo qualificado disposto a pagar diárias um pouco mais altas. A decisão de organizar o evento no Rio trouxe uma exposição internacional positiva para a cidade maior até do que a Copa, porque as Olimpíadas são um evento exclusivo do Rio. Muitos grupos privados, por exemplo, em suas políticas de incentivo para funcionários, passaram a escolher o Rio como destino".
Lopes acredita, no entanto, que é difícil estimar quanto desse aumento da procura pelo Rio se deve à realização dos Jogos, já que, em muitos casos, o setor não esperou a prefeitura divulgar detalhes de seu pacote olímpico para investir na cidade. O gerente de marketing da rede Windsor, Paulo Marcos Ribeiro, em entrevista ao Jornal Extra, disse que já planejava ampliar sua rede no Rio de olho na demanda por quartos para o chamado turismo de negócios. De acordo com ele, os megaeventos contribuem para a imagem da cidade e desperta bastante curiosidade dos turistas.
A rede reabre no fim do ano o prédio do ex-Méridien (rebatizado de Windsor Atlântica) com 545 quartos - contra os 490 anteriores. Além disso, o grupo Windsor está concluindo a transformação de um prédio residencial em hotel na Av. Nossa Senhora de Copacabana, na altura do Posto 3. Na Barra estão previstos dois novos hotéis: um com 500 apartamentos na Av. Sernambetiba em 2014 e outro com 450 quartos vizinho ao Windsor Barra, com 450 quartos para 2013. No Flamengo, a rede conclui em 2011 a reforma do Hotel Flórida.
A rede Accor também está investindo no aumento da demanda por quarto nos próximos anos. Há duas semanas, durante o 52° Congresso Nacional de Hotéis (Conotel) no Rio, a empreenteira capixaba Galwan anunciou a construção de três hotéis da bandeira com recursos de um fundo de investidores. A construtora solicitou empréstimos de R$ 30,6 milhões ao BNDES pelo programa ProCopa Turismo, uma linha de crédito criada pela instituição para projetos hoteleiros nas 12 cidades que abrigarão partidas de futebol na Copa de 2014.
fonte:http://www.jornaldeturismo.com.br/noticias/riodejaneiro/35130-turismo-no-rio-de-janeiro-ja-entra-em-ritmo-dos-megaeventos-esportivos.html
Ismailon Moraes
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