A TAM obteve Ebit (lucro operacional) de R$ 977 milhões do ano de 2010, com aumento de 365,5% em relação a 2009, e equivalente à margem operacional de 8,6%. A receita operacional bruta foi de R$ 11,8 bilhões e cresceu 16,4% na mesma comparação. O lucro líquido de 2010 atingiu R$ 637,4 milhões, com redução de 48,9% em relação ao resultado do ano anterior – em 2009, o lucro líquido teve impacto positivo dos ganhos contábeis, sem efeito caixa, decorrentes da marcação a mercado das operações de hedge de combustível e da valorização do real frente ao dólar.
“Além do bom desempenho nos campos econômico-financeiro e operacional, 2010 foi um ano de grandes conquistas para nossa companhia, que enfrentou e superou desafios. Graças ao empenho de nossos 28 mil funcionários, construímos os alicerces para um novo período de crescimento”, afirma o presidente da holding TAM S.A. Marco Antonio Bologna.
Entre esses alicerces, ele destaca a intenção, anunciada em agosto, juntamente com a LAN, de união das duas holdings em uma única entidade controladora, o LATAM Airlines Group, que deve gerar sinergias anuais de aproximadamente US$ 400 milhões. Após a assinatura dos acordos vinculativos para a união, aprovados pelos Conselhos de Administração das duas empresas em janeiro deste ano, a transação está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores no Brasil, no Chile e nos outros países onde a LAN possui subsidiárias, assim como à concordância dos acionistas não controladores, por meio da adesão a uma oferta de ações.
Em maio do ano passado, a TAM celebrou sua adesão à Star Alliance, a maior aliança global de aviação comercial, que hoje reúne 27 das maiores companhias aéreas do mundo. Juntas, elas atendem mais de 1.100 destinos em 181 países. “Entre os benefícios para nossos clientes está a integração do TAM Fidelidade aos programas de passageiros frequentes de todas as companhias membros da aliança”, ressalta Bologna.
A TAM passou por importantes mudanças organizacionais no ano passado, seguindo seu compromisso com o aprimoramento da governança e com a criação de uma grande corporação de multinegócios ligados à aviação. Em março, foi anunciada a indicação de Marco Antonio Bologna para a Presidência da holding TAM S.A., com responsabilidade sobre o desenvolvimento dos negócios corporativos das empresas TAM e o seu relacionamento institucional. Líbano Barroso manteve o posto de presidente da TAM Linhas Aéreas, no comando das operações de passageiros e cargas, que compreendem TAM Linhas Aéreas, TAM Airlines (com sede em Assunção, no Paraguai), Pantanal Linhas Aéreas e TAM Viagens. Ele também continuou ocupando o cargo de diretor de Relações com Investidores da TAM S.A. Em maio, Eduardo Gouveia assumiu a Presidência da Multiplus S/A.
Receitas de passageiros e cargas
Em 2010, a TAM transportou 34,5 milhões de passageiros pagantes, com crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior, sendo 29,3 milhões nos voos domésticos (aumento de 13,5%) e 5,2 milhões nas operações internacionais (aumento de 14,4%). As receitas de passageiros cresceram 12,3%, para R$ 9,2 bilhões, na mesma comparação, com destaque para o crescimento de 22,4% nas receitas internacionais, para R$ 3,3 bilhões, enquanto as receitas domésticas aumentaram 7,4%, para R$ 5,9 bilhões.
O preço médio pago por cliente em cada quilômetro voado (yield) no mercado doméstico teve uma redução de 8,4%, para 19,8 centavos de real, influenciado por dois fatores: alta quantidade de clientes cadastrados no Programa TAM Fidelidade voando com passagens-prêmio e aumento de passageiros que voam a lazer e compram seus bilhetes com antecedência para voos fora dos horários de pico, pagando tarifas mais baixas.
Líbano Barroso informa que o impacto da redução do yield na receita de passageiros no mercado doméstico foi compensado pelo aumento de 2,1 pontos percentuais na taxa média de ocupação (load factor) no ano, para 67,5%, e pelo crescimento de passageiros a lazer. “Isso indica o sucesso do projeto de varejo que lançamos em agosto, antecipando a mudança no perfil de passageiros, com a migração de viajantes de ônibus para o transporte aéreo, principalmente em viagens acima de 800 quilômetros”, explica.
“Acreditamos que grande parte do crescimento do setor de aviação civil para os próximos anos será proveniente dos brasileiros das classes emergentes que voarão pela primeira vez”, afirma Barroso. Para conquistar esse público de passageiros entrantes, a TAM desenvolveu ações em três frentes: comunicação (campanha publicitária estrelada pela cantora Ivete Sangalo e outras ações); canais de venda (em que a parceria com as Casas Bahia tem papel relevante); e meios de pagamento (a TAM é a empresa aérea que oferece o maior número de possibilidades de pagamento, e as iniciativas do projeto incluem novidades como o parcelamento em 12 vezes pelo cartão Itaú e cartão Casas Bahia). Com o novo projeto, foi lançada a assinatura da campanha "Você vai. E vai de TAM".
Frota
A TAM incorporou 19 aeronaves em 2010 e encerrou o ano com uma frota de 151 aeronaves, sendo 139 modelos da Airbus (26 A319, 86 A320, sete A321, 18 A330 e dois A340), sete da Boeing (quatro B777-300ER e três B767-300) e cinco ATR-42, utilizados pela Pantanal. Atingiu um recorde histórico na aviação brasileira, pois nenhuma outra companhia aérea do país chegou a ter uma frota de aviões de passageiros desse porte. A estimativa é encerrar este ano com 156 aeronaves em operação,
Com a encomenda de 34 novas aeronaves – 32 Airbus da família A320 e dois Boeings 777-300ER –, a TAM realizará um investimento com valor de lista de US$ 3,2 bilhões e tem seu plano de frota renovado e dimensionado para atender o crescimento do mercado esperado para os próximos 20 anos. A estimativa é chegar ao final de 2015 com 182 aviões em operação.
fonte:http://www.jornaldeturismo.com.br/noticias/destaques/38733-tam-registra-lucro-operacional-de-r-977-milhoes-em-2010.html
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