A Gol Linhas Aéreas anunciou ontem (8) acordo para a compra da Webjet, sua concorrente no mercado de voos de baixo custo no país. De acordo com comunicado da Gol, o valor total do negócio é de R$ 311 milhões, com R$ 96 milhões sendo pago aos atuais sócios da Webjet.
Os órgãos de defesa da concorrência ainda precisam analisar se a fusão pode ser efetivada. Além disso, de acordo com informa da Gol à CVM (Companhia de Valores Mobiliários), a aquisição está sujeita "à auditoria técnica e legal nas atividades e ativos da Webjet". Enquanto isso, as duas companhias continuarão atuando de forma independente, sem previsão de mudanças estruturais, conforme o comunicado da Gol.
No comunicado, o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior, disse estar confiante de que a aquisição ajudará a Gol a se consolidar como "líder no segmento de aviação de baixo custo no mundo".
Com a transação, a Gol procura se aproximar da TAM na liderança do mercado aéreo nacional. A Webjet encerrou maio com participação no mercado de aviação brasileiro de 5,16%, enquanto a Gol registrou 35,39%. A aliança das empresas forma um grupo com 40,55% do mercado doméstico, ante os 44,43% registrados pela líder TAM.
Segundo analistas, a venda pode não ser boa para o consumidor. Embora a participação da Webjet no mercado brasileiro seja pequena, ela força, com suas baixas tarifas, que outras companhias também reduzam os preços.
Há cerca de dois anos, a Gol já havia feito uma proposta, que não foi aceita pela Webjet.
A Gol, que se autointitula a “maior companhia aérea de baixo custo e baixa tarifa da América Latina”, conta com mais de 18 mil funcionários, 115 aviões, fazendo cerca de 900 decolagens diárias durante a semana, segundo informações da própria empresa. A companhia informa ainda que faz viagens para 62 destinos – 51 domésticos e 11 internacionais.
A Webjet possui atualmente 24 aeronaves - todas são Boeing 737. A empresa é controlada por um acionista da operadora de viagens CVC.
A última aquisição feita pela Gol, que vem procurando conter a adição de capacidade à sua frota para melhorar seus resultados, ocorreu quando a empresa comprou ativos da Varig em 2007 por cerca de R$ 430 milhões (US$ 275 milhões), operação que custou à empresa anos para ser totalmente digerida.
fonte: r7.com
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