Empresas aéreas e trabalhadores do setor de aviação não chegaram a um
acordo sobre o reajuste salarial em audiência de conciliação realizada
nesta segunda-feira (19) no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em
Brasília. Diante do impasse, os trabalhadores decidiram manter a greve
convocada para a próxima quinta-feira (22).
A ministra Cristina Peduzzi, vice-presidente do TST, sugeriu que as
empresas oferecessem aumento de 8%. Os trabalhadores, que pediam 13% de
reajuste, aceitaram reduzir a exigência para 7%, mas as companhias
afirmaram não ter condições de ofertar reajuste superior à inflação
oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de
6,17%.
Em nota, o TST informou que o subprocurador-geral do Trabalho,
Francisco Gérson Marques de Lima, apelou às empresas para que elas
levassem em consideração a perspectiva de aumento de receita nos
próximos anos, com a realização no Brasil da Copa do Mundo, mas seu
apelo não foi atendido
A greve está marcada para começar às 23h do dia 22 de dezembro, se não
houver acordo até lá. Os sindicatos dos trabalhadores se comprometeram a
manter 20% dos funcionários em atividade, como prevê a legislação.
A reunião contou com a participação de representantes dos sindicatos
dos Aeronautas e Aeroviários e o Sindicato Nacional das Empresas
Aeroviárias (Snea). No início das negociações, os trabalhadores pediam
um reajuste de 13%, e as empresas só ofereciam 3%.
Além do aumento de 7%, os aeroviários (funcionários que trabalham em
terra) e aeronautas (que trabalham embarcados) pediram hoje a fixação do
piso de R$ 1.100 para os operadores de equipamentos, mas as empresas só
aceitaram estabelecer o piso de R$ 1 mil.
As empresas e os trabalhadores chegaram a um acordo em relação ao
aumento de 10% no piso da categoria, no vale refeição e na cesta básica.
fonte: www.uol.com.br
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