O Tribunal de Contas de União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (7), na
primeira de quatro fases, o edital das concessões dos aeroportos de
Cumbica, em Guarulhos, Viracopos, em Campinas, e Brasília à iniciativa
privada. Assim que o edital for publicado, o que depende de decisão do
Palácio do Planalto, abre-se um período de 45 dias para audiências
públicas e para a realização do leilão.
Apesar da aprovação, o TCU entendeu que algumas adaptações ainda
precisam ser feitas, como o valor de outorga --valor mínimo para
concessão dos aeroportos--, que deve ser alterado. De acordo com o
relator do caso, ministro Aroldo Cedraz, em Brasília o reajuste chega a
907% --o valor mínimo foi estabelecido em R$ 75,5 milhões e, segundo o
tribunal, deve ser de R$ 761 milhões.
Em Guarulhos, o TCU determinou que o valor mínimo da outorga deve subir
de R$ 2,29 bilhões para R$ 3,8 bilhões, um aumento de 66,3%. Em
Campinas, o valor calculado pela equipe técnica do TCU subiu de R$ 521
milhões para R$ 1,73 bilhão (234% de ajuste). Os vencedores dos leilões
serão os grupos que oferecerem o melhor preço de outorga.
A Secretaria de Aviação Civil e a Anac deverão agora adaptar o edital
para incluir as modificações do TCU e publicar o documento. "O edital
está liberado para ser publicado", disse o ministro relator do caso,
Aroldo Cedraz.
Segundo um técnico do tribunal, os preços mínimos subiram porque o
tribunal identificou que o governo havia superestimado os montantes a
serem investidos em cada aeroporto. O raciocínio, segundo ele, é que,
como pelos novos cálculos os concessionários terão de investir menos ao
longo da concessão, podem pagar mais ao poder público pelo direito de
explorar os aeroportos.
A Secretaria de Aviação Civil informou que deverá publicar os editais
de concessão dos três aeroportos até o início da semana que vem. O TCU
ainda precisará avaliar os editais. O que foi aprovado nesta
quarta-feira são os estudos econômico-financeiros que embasam o processo
de concessão.
A concessão desses aeroportos busca atender ao maior número de
passageiros das companhias aéreas e também aos preparativos para a Copa
do Mundo de 2014. A Infraero, estatal administradora de terminais
aéreos, seguirá como sócia dos grupos concessionários com 49% de
participação.
fonte: www.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário