Na contramão do turismo

Os operadores de turismos do sul do país e, principalmente os turistas, há muito tempo vêm se queixado dos preços praticados no Nordeste, notadamente nos períodos de férias ou de feriados prolongados. Esse é um entrave para que se desenvolva o grande potencial para o turismo que tem a região. No Piauí a coisa é mais grave. Muito grave. Deferentemente dos outros pontos ou cidades procuradas pelos turistas, o litoral piauiense perde em matéria de estrutura, mas ganha, alopradamente, na questão de preços. É absurdo, para não dizer um caso de polícia, um hotel simples, localizado na praia do Coqueiro, cobrar R$ 2.800,00 por pessoa, para os dias de carnaval; R$ 3.000,00 para um casal e R$ 3.900 para um casal com filho ou para três pessoas. Percebe-se ligeiramente a falta de visão desses comerciantes da praia, porque passam a impressão de querer ganhar tudo de uma vez sem ao menos se preocupar que estão afugentando potenciais clientes. Fazer turismo requer uma boa estrutura, divulgação e bom serviço. Não é bem isso que se tem no litoral piauiense, a começar pela inoperancia do serviço público, como o abastecimento dágua e fornecimento de energia, que chegam a faltar sempre, irritando quem está por lá. O governo do Estado e as prefeituras das cidades envolvidas precisam fazer sua parte, mas os comerciantes locais também tem muita responsabilidade e devem ter interesses na atração de turistas. Só que expoliá-los é fazer o caminho contrário.

 Assalto
Cobrando R$ 2.800,00 por pessoa, durante quatro dias de carnaval, pode-se dizer que o hotel na praia do Coqueiro está praticando verdadeiro assalto a mão armada. A diária sai a R$ 700,00.
Nem na Costa do Sauipe.


Cancun
A CVC está levando gente para Cancun, incluindo tudo, desde transfer aéreo a hospedagem por R$ 3.900, pagos em módicas parcelas.
E ainda querem que o povo de fora venha para o litoral do Piauí.


Texto retirado da coluna do jornalista Arimatéia Azevedo no site www.portalaz.com.br/arimateia dia 21 e dia 22 de Janeiro.