sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Transporte aéreo produz 930 mil empregos diretos e indiretos


Carlos Ebner, diretor no Brasil da International Air Transportation Association (IATA)












Responsável por mais de 900 mil empregos diretos e indiretos, o transporte aéreo no Brasil ainda é visto por Carlos Ebner, diretor no Brasil da International Air Transportation Association (IATA) com algumas necessidades. “O transporte aéreo no Brasil produz 930 mil empregos diretos e indiretos, segundo uma pesquisa da IATA. E é responsável por 1,3% do PIB nacional, além de gerar R$ 5,8 bilhões em taxas. Então, para termos mais chances de aumentar a conectividade do Brasil com um mundo, é necessário eliminar os ‘gaps’ que o país possui na parte de infraestrutura”, avalia.

Carlos Ebner afirmou que as melhorias feitas pelo governo brasileiro nos aeroportos são benéficas para o crescimento do transporte aéreo, porém constatou que os custos com o combustível atrapalham. “O setor de aviação é de melhoria contínua, como o exemplo das melhorias na segurança, que são feitas regulamente. No Brasil a infraestrutura é um dos pontos que o governo vem tomando suas medidas, com a privatização dos aeroportos e ampliação de terminais e outros serviços básicos nos aeroportos. Contudo, o custo do combustível é um dos pontos que também deveria ser debatido no país, pois o Brasil é um dos países que paga pelo combustível mais caro do mundo, o que gera uma despesa maior para as companhias aéreas”, critica.

O diretor no Brasil da IATA destacou o trabalho que a empresa realiza para melhorar o setor de aviação. “A IATA representa uma associação de empresas aéreas, nela possuímos 240 empresas aéreas, que representa 84% do tráfego aéreo internacional. Então, ela lidera diversos aspectos da indústria. É a que toma decisões, procura representar as empresas aéreas, padronizar a segurança de voo, além da parte do meio ambiente e sustentabilidade do transporte aéreo, que visa a redução de carbono”, pondera.

Ele complementa apontando o programa de quatro pilares que visa diminuir a emissão de carbono até 2025. “Existe um programa chamado quatro pilares, que entende que a produção de carbono deve reduzir em 50% até 2050. O primeiro é referente a parte de tecnologia, as operações das aeronaves. Com motores mais desenvolvidos elas consomem menos combustível. Um exemplo é o novo Boeing 787, que tem compostos de carbonos mais leves. Tudo que diminui o peso da aeronave ajuda também a consumir menos combustível. Outro ponto é a infraestrutura, que diz respeito ao sistema de gerenciamento de trafego aéreo, com novas maneiras de rotas, que não usa a navegação por meios terrestres, mas por satélites. Isso proporciona rotas mais retas, outro fator que ajuda a reduzir a queima de combustível. Assim como a parte de descida e decolagem dos aviões. A mais importante porém é a que já vem sendo discutida e utilizada, o uso do biocombustível. No mundo já existem mais de 1.500 voos autorizados a voar com passageiros usando biocombustível. Aqui no Brasil ainda não, apenas dois voos experimentais durante a Rio + 20, da Azul e da Gol”, informa.

Ebner aproveitou para opinar sobre as fusões das empresas aéreas, que se tornaram comuns e a importância das redes sociais. “As economias hoje estão se globalizando, vemos essa consolidação de empresas como algo positivo. As fusões já acontecem muito nos Estados Unidos e Europa, e agora recentemente com a Lan e a Tam na América do Sul. É o fato positivo, pois é um mercado fidelizado e reduzido, e com isso tem-se o poder de barganha das empresas. Sei que as redes sociais têm uma adesão muito grande, mas nós não temos dados e não trabalhamos com elas, não está dentro do nosso escopo”, conclui.

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