Os professores do curso de Arqueologia da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), Campus de São Raimundo Nonato, ameaçam transferir o curso para Petrolina, no Pernambuco. O principal motivo seria o fato da Universidade não ter conseguido espaço no Instituto Superior de Arqueologia e Paleontologia, dedicado ao desenvolvimento da ciência de ponta.
Segundo o coordenador do curso, Celito Kestering, o instituto teria um espaço para funcionar dentro da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham). No entanto, a atuação da Univasf, que poderia contribuir com pesquisas já desenvolvidas dentro da Universidade, foi limitada a ações técnicas. A pesquisa em excelência seria desenvolvida somente pela Universidade Regional do Cariri, Universidade Federal do Pernambuco e Fundação Osvaldo Cruz.
"Fica bonito, vir uma equipe fazer pesquisa aqui nas nossas barbas e não dos darem espaço. É importante esclarecer que nenhum de nós quer sair de São Raimundo Nonato, mas se não somos respeitados enquanto cientistas, vamos procurar um lugar que o faça. Lametamos profundamente que tenham fechado as portas para a Univasf", declara o professor.
Em reunião com o deputado Paes Landim, o colegiado, formado por dez professores, explicou que nenhum deles quer a transferência, embora isso possa ser necessário caso as reivindicações dos cientistas não sejam atendidas.
O curso de Arqueologia de São Raimundo Nonato tem 80 estudantes. Caso a transferência se efetive, não serão mais ofertadas vagas para o vestibular na cidade. Em quatro anos o curso estaria extinto.
Como sugestão para resolver o problema, já que considera a inclusão da Univasf no Instituto Superior de Arqueologia e Paleontologia, Kestering apontou a criação de um outro instituto, onde a Universidade do Vale do São Francisco possa desenvolver suas pesquisas.
fonte: http://www.cidadeverde.com/geral_txt.php?id=45039
Ismailon Moraes
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