Presentes na bancada da coletiva estavam os profissionais da Abag Francisco Lyra, presidente do Conselho de Administração, Ricardo Nogueira, vice-presidente Executivo, e Horácio Mello, diretor de Relações Institucionais, além de José Eduardo Brandão, do marketing & Sales Director da Ocean Air Taxi Aéreo, que comentaram não apenas sobre a edição 2010 do evento, mas também sobre o panorama geral do setor.
Um dos pontos frisados entre as novidades desta Labace está o lançamento da campanha "Aviação Geral: vetor de desenvolvimento e inclusão social", cujo objetivo é debater o peso da aviação executiva para o desenvolvimento maciço do país, já que apenas 2% dos 1.564 municípios brasileiros são atendidos pelo aviação comercial. Atualmente, a aviação geral consegue atender 75% desse total de municípios, com expectativas de alcançar cada vez mais: "É vantajoso para o país porque é o tipo de aviação capaz de levar capital produtivo às pequenas cidades. Para o executivo que quer otimizar seus negócios, que tem clientes em cidades muito pequenas, esse é o jeito mais rápido e barato de chegar a eles", comentou Lyra.
Outro fator importante abordado pela feira será o 1° Safety Standdown Latin America, seminário sobre segurança de voo. Essa é a primeira vez que este seminário, patrocinado pela Bombardier, do Canadá, será realizado na América do Sul. Com a presença do comandante da Apollo 17, o astronauta Gene Cerman (último homem a pisar na lua) e dedicado a profissionais operacionais do setor, o seminário discutirá práticas e melhorias para voo mais seguros: "Ele é 100% focado no setor humano nessa área e aborda bastante os aspectos psicológicos dos profissionais. Ele surgiu de uma necessidade de grupo da Ocean Air e, com o sucesso, decidimos abrir para todos os profissionais", explicou Brandão. O seminário acontecerá um dia antes da feira, no Hilton Morumbi.
De acordo com Horácio Mello, a perspectiva de negócios da Labace neste ano é de 500 milhões de dólares em compra de ativos: "Esse é um evento em que o público é formado, majoritariamente, por possíveis compradores. Eles vêm, veem as aeronaves, avaliam os prós e os contras, os negócios começam aqui e maturam entre 3 e 6 meses depois. Os expositores conhecem e gostam do nível do público da feira", ressaltou ele.
A apresentação da Labace acabou tomando, meia hora depois, um viés voltado para a situação atual do setor da aviação geral, afinal muito se comenta sobre a possibilidade de retirada das aeronaves do setor dos grandes aeroportos do país, para desafogar o tráfego: "Nós, da Abag, não achamos que tirar a aviação executiva de Congonhas, por exemplo, seja uma boa solução. Estão, cada vez mais, tirando o setor das grandes metrópoles e isso pode prejudicar o país nos próximos anos justamente porque é essa aviação que faz a ponte entre a grande cidade e as menores.", avalia Lyra. E complementa: "Sofremos certo preconceito com essa ideia de que aviação executiva é para milionários. Não. Esse tipo de aviação é para executivos que precisam otimizar o seu negócio. É uma máquina de comprar tempo. E para o executivo o tempo é a commoditie mais pesada."
Segundo a associação, o público estimado para este ano é de 15.000 pessoas, que poderão conferir as 56 aeronaves com exposição já confirmada. Um número pronunciado de visitantes latinos também é esperado: "Já temos um grupo de mexicanos que confirmaram presença, além de chilenos, colombianos e argentinos. Isso é bastante relevante no sentido de exposição do evento", comentou Lyra. Do público total, a previsão é de que 80% seja proveniente do estado de São Paulo e capital, 10% de outras regiões do Brasil, especialmente sul e sudeste, e 10% de outros países, com predominância de visitantes dos Estados Unidos e Canadá, seguidos por visitantes europeus e da América Latina.
fonte:http://www.mercadoeeventos.com.br/script/FdgDestaqueTemplate.asp?pStrResolucao=1280&pStrLink=3,26,0,61545&IndSeguro=0
Ismailon Moraes
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