Foi com bastante descontração que a Qualitours e a Compagnie du Ponant apresentaram os novos navios da companhia francesa para um grupo de mais de dez agentes de viagem, em um animado café da manhã, realizado nesta terça-feira, dia 13, no restaurante Santo Grão, na capital paulista. Ilya Hirsch, diretor da Qualitours, e Stephen Winter, diretor de Vendas da Ponant, comentaram não apenas as vantagens das duas novas embarcações – Le Boreal e L'Austral –, mas também a parceria.De acordo com Hirsch, a promoção da companhia francesa no Brasil se deve a uma demanda cada vez maior de brasileiros a procura de cruzeiros de luxo e premium no exterior, especialmente o público que já teve alguma experiência anterior em viagens de navio. Parte desse público, segundo ele, é de pessoas mais jovens, que esperam uma experiência diferenciada, mas com um preço justo: "A Ponant nos procurou por sentir que, já que estamos há mais de 30 anos no mercado, temos expertise para vender esse tipo de cruzeiro no país. As companhias de luxo certamente vêm investindo nesse nicho mais jovem, que é, prioritariamente, de executivos entre 30 e 45 anos, bem sucedidos, que almejam a experiência de viajar em um cruzeiro, mas sem estar entre quatro mil pessoas, e, sim, entre umas 60 ou 200, no máximo. Tanto no Le Boreal quanto no L'Austral a relação entre tripulação e passageiro é praticamente de um para um, o que é raro. Ou seja, no segundo dia, o tripulante já sabe as preferências do cliente e o chama pelo nome. E quem não quer ser reconhecido em qualquer lugar que vá?", comenta.
Por preço justo, entenda valores que variam entre 700 e 800 dólares por dia por pessoa, all inclusive e tendo como destino alguns tradicionais como Mar Egeu & Ilhas Gregas e outros como Turquia, Israel & Egito, Escandinávia & Rússia, e Alasca – esse com procura cada vez mais frequente. O Le Boreal chegará ao Brasil em novembro, quando haverá visitas ao navio ancorado: "Esse é um passo importante, pois é o momento em que se consegue um bom número de reservas", explica Sthepen Winter, da Ponant, que vê o Brasil como um mercado com bastante potencial: "A economia daqui é forte, uma das mais fortes da América do Sul e nossos concorrentes também atuam aqui. Sabemos que os brasileiros gostam de cruzeiros e apreciam viagens para o exterior. Então a combinação desses dois fatores faz com que tenhamos que estar aqui".
Com design estilo clean e decoração moderna, o ambiente dos novos navios realmente destoa do que se espera em máquinas do tipo. A capacidade do Le Boreal é de 260 passageiros, acomodados em 132 suítes com varanda e tanto o bar quanto a danceteria e o auditório (no qual é possível fazer apresentações sem custo adicional à tarifa) têm capacidade para todos os passageiros. Já o L'Austral chegará ao Brasil apenas no ano que vem.
Outras vantagens do serviço oferecido pela companhia são a flexibilidade e os temas: "Os grupos de clientes podem montar seus próprios itinerários, levar o seu próprio entretenimento ou a própria comida. Tivemos um grupo judeu, certa vez, que levou sua própria alimentação kosher. Em companhias maiores, os navios vão e voltam sempre dos mesmos destinos e o cliente não pode fazer nenhuma adaptação", aponta Winter.
Já os temas são os mais variados: há cruzeiros de bridge e golf, com torneios; só de jazz, música clássica ou ópera – inclusive com iniciação musical em piano para crianças e jovens de 5 a 17 anos –, e outros temas que são criados na expectativa de atrair públicos específicos: "Estamos até avaliando a possibilidade de fazermos um cruzeiro de Tranca (jogo de cartas) no final do ano, partindo do Rio de Janeiro e de Santos. Não sabemos se dará certo ou não, mas certamente faremos uma tentativa", confessou Winter. Hirsch foi além e comentou, inclusive, a possibilidade de fretar os navios para casamentos, o que expõe bem a flexibilidade da Ponant.
A preocupação com questões relacionadas a sustentabilidade e meio ambiente também fizeram parte do projeto de elaboração do Le Boreal e do L'Austral: "Não queremos ir a lugares como Antártica e Alasca e prejudicar ou poluir a natureza. Fizemos restrições ainda mais duras para a confecção das máquinas do que as restrições legais. Nossos navios são silenciosos, poluem menos e, embora tenham capacidade para 260 pessoas, para determinados destinos levamos apenas 200, não só para que todas possam, de fato, viver aquela experiência por completo, mas para que não deixemos nenhum traço da nossa passagem por lá", diz Winter.
fonte:http://www.mercadoeeventos.com.br/script/FdgDestaqueTemplate.asp?pStrResolucao=1280&pStrLink=3,44,0,60989&IndSeguro=0
Ismailon Moraes
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