
"A questão das aprovações é complicada e leva muito tempo", pontuou Alínio Azevedo, da rede canadense Four Seasons. Para Philip Carrutheres, da Oriente Express, o problema foi sentido na pele. A rede de alto luxo teve de interromper a construção de um resort em Búzios (RJ), devido às complexidades com os órgãos ambientais. "Foi um questão muito mais política do que ambiental. Hoje, a consciência ambiental está difundida no mundo tudo e a preocupação com o meio ambiente é uma questão permanente. Em novos projetos, teremos mais respeito e mais cuidado para evitar problemas como os que tivemos em Búzios", falou Carrutheres, que é gerente geral do Copacabana Palace.
A obtenção de financiamentos também foi citada pelos debatedores como um dos problemas de se investir no setor hoteleiro do Brasil. "Os custos de construção têm aumentado muito no País e as taxas de financiamento são muito altas e concentradas no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), sem a participação dos bancos privados", disse Roland de Bonadona, diretor geral da Accor para a América Latina. Como solução, o executivo apontou o aumento dos fundos imobiliários, que estão começando ainda no Brasil.
Alceu Verzozzo Filho, da rede Bourbon, destacou a dificuldade em se obter novos espaços físicos para os empreendimentos, principalmente nas grandes cidades. "Temos dificuldade de boas localizações. Hoje, um escritório rentabiliza mais que um empreendimento hoteleiro. Essa é a realidade que enfrentamos, principalmente em São Paulo", afirmou.
fonte:http://www.jornaldeturismo.com.br/noticias/destaques/34848-hotelaria-desafios.html
Ismailon Moraes
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